
Desde os primórdios, que o homem tem
dentro de si o germe da conquista, quer na condição de caça ou caçador. Na
idade-média, a opressão religio-imperativa chegou ao cúmulo da Santa Inquisão,
que de santa sabemos que nada tinha. Os exércitos se degladiavam por toda e qualquer
forma de poder, aliás tudo gira em torno do poder. Mas o que é o poder? O poder
nada mais é que mera ilusão de conquista de um ser ou entidade sobre outrem,
mas que na realidade além de ser uma conquista passageira, o conquistador nada
conquista à não ser os louros psicológicos de sua meta, pois os conquistados
jamais são subjulgados no intérim da alma. Poder algo é fingir que se pode
alguma coisa, mas o poder nada pode em vista do tempo e das ordens infinitas da
grande providência. Temos exemplos famosos como as derrocadas de inúmeros
impérios desde os egípicios até os alemães através dos séculos subjacentes.
Comtêmporaneamente, temos o império da águia que pensa dominar o mundo, mas não
consegue dominar nem a si mesmo. Mas e o futebol, onde entra nesta estória
estaparfúdia?
O futebol é nossa "guerra
pacífica", e nosso time ou seleção não passa de um exército na qual o
torcedor pensa fazer parte e por isso se entrega de corpo e alma as duras
provas cardiácas de uma partida futebolística. Os soldados da bola, jogam pela
honra de sua camisa em busca de um poder mesmo que temporário numa vitória no
campo de batalha, mas é ai que o torcedor se droga no ópio do futebol. Em suma,
os nossos soldados da bola não passam de mercenários em busca de poder e
riqueza e que tanto faz o escudo que defedem, mas a irracionalidade do torcedor
o cega para estas nuances corruptivas e ele pensa que aquele mercenário esta
ali por amor ao seu clube ou país, ledo engano. O jogador em sua maioria é
profissional e vê no futebol um mero meio de vida, é claro que o emocional
conta, mas só no campo esverdeado e apenas 90 minutos é que conta em sua
condição de ator de chuteiras num teatro Shakespereano de mascaras horrendas e
hipócritas. Ao sair de seu palco circular, aquele ator de uniforme esquece de
todo o clamor desesperado do pobre torcedor que se esgoelou na incentivação
nefasta de torcedor e tudo mais que possa ter
ocorrido no gramado. Em suma no presente momento ele só pensa em sua gorda conta bancária e em sua gata
loira que o espera no motel, enquanto o povo cansado e opiado pelas desgraças cotidianas volta de
ônibus enlatado e se ilude sofrendo e vivendo com as vitórias ou
derrotas de sua paixão desenfreada. Raríssimos são aqueles jogadores que gostam
de verdade de suas entidades futebolísticas e a cada ano que passa, o mercado
"capetalista" destroi ainda mais aquele fatidico amor pelas
chuteiras. Nosso Brasil até hoje é conhecido como a Patria de chuteiras e isso
é deveras triste no conceito de cartase humano.
O Brasil talvez seja um exemplo classico do opianismo popular em relação
ao futebol, quer seja pela falta de educação ou de perspectivas da população
que erra como orfãos solitários de uma mãe Pindorama e desajustada, quer seja
pela irracionalidade bestial do brasileiro em relação ao esporte bretão.
Devemos torcer sim, mas com uma certa desconfiança no amanhã pois nossos herois
nunca foram exemplos de nada. Desmistifiquemos os deuses e plantemos a razão
que o ópio futebolístico insiste em destruir. Entre Copas e derrotas o Brasil
varonil deveria primeiro se preocupar com seu bem-estar humano e não com
pseudo-cartases destrutivas. A mídia iconoclasta, como sempre alimenta o sonho
utópico-ópio da seleção de futebol, isso serve para distrair o povo das
verdadeiras intenções dos falcões governamentais que a cada dia dilaceram nossa
medíocre vidinha-terrestre espoliando nosso orgulho e massacrando o proletário
em prol do poder concentrado nas mãos do diabólico sistema capital que insiste
em futebolizar as eras. Entre tragédias gregas e tupiniquins, o opiado povo
brasileiro continua a se enganar por uma luta perdida num gramado-lamacento de
dólares surrupiados por mídias escandalizadas em que fantoches de chuteiras
pensam ser livres, mas são apenas bonecos dilacerados nas mãos dos
"capetalistas" de plantão, afinal de contas, estes bonecos outrora
também faziam parte do povo opiado e num passe medonho de uma falsa magia, se
transformaram em semi-deuses analfabetos que correm atrás de uma bola de dinamite
que a cada gol explode a já baixa-estima de uma população que pensa ser livre e
que na verdade vive em profundo cárcere privado de grilhões verdes. E no final
gritamos gooooooooooooooooooooooooooooooollllllllllllllllllllll
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