quarta-feira, 27 de junho de 2018

Futebol - Ópio do povo


Resultado de imagem para futebol e o ópioComo há muito já dizia o nosso saudoso escritor Nelson Rodrigues, o futebol é o ópio do povo. Este esporte bretão é capaz de remover as mais duras mazelas psico-sociais do ser-humano em apenas 90 minutos de quimeras-esverdeadas. Em todo planeta, o futebol fascina e serve como a verdadeira cartase da miséria humana, mas porquê este dominio em todas as classes sociais levando os homens a extremos atos de sandice? Bem, tentarei responder esta questão.
        Desde os primórdios, que o homem tem dentro de si o germe da conquista, quer na condição de caça ou caçador. Na idade-média, a opressão religio-imperativa chegou ao cúmulo da Santa Inquisão, que de santa sabemos que nada tinha. Os exércitos se degladiavam por toda e qualquer forma de poder, aliás tudo gira em torno do poder. Mas o que é o poder? O poder nada mais é que mera ilusão de conquista de um ser ou entidade sobre outrem, mas que na realidade além de ser uma conquista passageira, o conquistador nada conquista à não ser os louros psicológicos de sua meta, pois os conquistados jamais são subjulgados no intérim da alma. Poder algo é fingir que se pode alguma coisa, mas o poder nada pode em vista do tempo e das ordens infinitas da grande providência. Temos exemplos famosos como as derrocadas de inúmeros impérios desde os egípicios até os alemães através dos séculos subjacentes. Comtêmporaneamente, temos o império da águia que pensa dominar o mundo, mas não consegue dominar nem a si mesmo. Mas e o futebol, onde entra nesta estória estaparfúdia?
              O futebol é nossa "guerra pacífica", e nosso time ou seleção não passa de um exército na qual o torcedor pensa fazer parte e por isso se entrega de corpo e alma as duras provas cardiácas de uma partida futebolística. Os soldados da bola, jogam pela honra de sua camisa em busca de um poder mesmo que temporário numa vitória no campo de batalha, mas é ai que o torcedor se droga no ópio do futebol. Em suma, os nossos soldados da bola não passam de mercenários em busca de poder e riqueza e que tanto faz o escudo que defedem, mas a irracionalidade do torcedor o cega para estas nuances corruptivas e ele pensa que aquele mercenário esta ali por amor ao seu clube ou país, ledo engano. O jogador em sua maioria é profissional e vê no futebol um mero meio de vida, é claro que o emocional conta, mas só no campo esverdeado e apenas 90 minutos é que conta em sua condição de ator de chuteiras num teatro Shakespereano de mascaras horrendas e hipócritas. Ao sair de seu palco circular, aquele ator de uniforme esquece de todo o clamor desesperado do pobre torcedor que se esgoelou na incentivação nefasta de torcedor e  tudo mais  que possa ter  ocorrido no gramado. Em suma no presente momento ele só  pensa em sua gorda conta bancária e em sua gata loira que o espera no motel, enquanto o povo cansado e  opiado pelas desgraças cotidianas volta de ônibus enlatado e  se ilude  sofrendo e vivendo com as vitórias ou derrotas de sua paixão desenfreada. Raríssimos são aqueles jogadores que gostam de verdade de suas entidades futebolísticas e a cada ano que passa, o mercado "capetalista" destroi ainda mais aquele fatidico amor pelas chuteiras. Nosso Brasil até hoje é conhecido como a Patria de chuteiras e isso é deveras triste no conceito de cartase humano.
              O Brasil talvez seja um exemplo classico do opianismo popular em relação ao futebol, quer seja pela falta de educação ou de perspectivas da população que erra como orfãos solitários de uma mãe Pindorama e desajustada, quer seja pela irracionalidade bestial do brasileiro em relação ao esporte bretão. Devemos torcer sim, mas com uma certa desconfiança no amanhã pois nossos herois nunca foram exemplos de nada. Desmistifiquemos os deuses e plantemos a razão que o ópio futebolístico insiste em destruir. Entre Copas e derrotas o Brasil varonil deveria primeiro se preocupar com seu bem-estar humano e não com pseudo-cartases destrutivas. A mídia iconoclasta, como sempre alimenta o sonho utópico-ópio da seleção de futebol, isso serve para distrair o povo das verdadeiras intenções dos falcões governamentais que a cada dia dilaceram nossa medíocre vidinha-terrestre espoliando nosso orgulho e massacrando o proletário em prol do poder concentrado nas mãos do diabólico sistema capital que insiste em futebolizar as eras. Entre tragédias gregas e tupiniquins, o opiado povo brasileiro continua a se enganar por uma luta perdida num gramado-lamacento de dólares surrupiados por mídias escandalizadas em que fantoches de chuteiras pensam ser livres, mas são apenas bonecos dilacerados nas mãos dos "capetalistas" de plantão, afinal de contas, estes bonecos outrora também faziam parte do povo opiado e num passe medonho de uma falsa magia, se transformaram em semi-deuses analfabetos que correm atrás de uma bola de dinamite que a cada gol explode a já baixa-estima de uma população que pensa ser livre e que na verdade vive em profundo cárcere privado de grilhões verdes. E no final gritamos gooooooooooooooooooooooooooooooollllllllllllllllllllll

EDDY VOMIT - Escritor, poeta e músico carioca


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