Repetidamente prorrogada, a revitalização do Velho Chico vai demandar
R$ 30,8 bi até 2025, aponta plano do comitê da bacia. Combate ao
desmatamento está entre prioridades
Aracaju - Com o volume cada vez mais reduzido e sofrendo todo
tipo de degradação, o Rio São Francisco cobra o preço das sucessivas
promessas de socorro não cumpridas. R$ 30,8 bilhões é o volume de
recursos necessários para combater a agonia e salvar o Velho Chico,
aponta estudo técnico que começou a ser elaborado em 2014 e só foi
finalizado no início do mês. O documento preconiza ações de
revitalização a serem executadas até 2025 em toda a bacia do chamado Rio
da Unidade Nacional, que nasce na Serra da Canastra, no Centro-Oeste de
Minas Gerais, e percorre 2,8 mil quilômetros até desaguar no Oceano
Atlântico, atingindo uma população de 18 milhões de pessoas, moradoras
de 505 municípios de seis estados (MG, BA, GO, SE, PE e AL) e do
Distrito Federal.
Elaborado e coordenado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São
Francisco (CBHSF), o estudo, ao qual o Estado de Minas teve acesso
durante simpósio sobre o tema realizado em Aracaju (SE), entre os dias 3
e 6 deste mês, define como uma das metas a utilização de 80% dos
recursos financeiros em preservação do manancial. O desmatamento é
apontado como uma das principais causas da degradação ambiental.
Segundo o presidente do CBHS, Anivaldo de Miranda Pinto, o Plano
de Recursos Hídricos da Bacia do Rio São Francisco 2016/2025 (PRH-SF)
diagnostica todas as “ações concretas” que deverão ser executadas para
que a bacia seja recuperada, envolvendo a União, estados, municípios,
organizações não governamentais e outras fontes de financiamentos, mas
não detalha o desembolso que caberá a cada parte. “Serão necessários R$
30,8 bilhões para que, de fato, possamos falar em revitalização absoluta
da Bacia do Rio São Francisco e seus afluentes”, resumiu.
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