O Hospital de Messejana, fundado em 1933, é uma unidade voltada para assistência de alta complexidade, ensino, pesquisa e inovação, sendo especializado no diagnóstico e no tratamento de doenças cardíacas e pulmonares. A unidade, que integra a rede de hospitais da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), acolhe pacientes dos 184 municípios cearenses e de outras regiões do Brasil, tanto na Emergência quanto nos 25 ambulatórios do Serviço de Pacientes Externos.
Nesta semana, a unidade é consolidada como referência ao alcançar a marca de 500 transplantes cardíacos, sendo 423 adultos e 77 pediátricos, ficando atrás apenas do Instituto do Coração, localizado em São Paulo, com mais de mil transplantes. Antes disso, em junho de 2011, o HM foi a primeira unidade do Norte e Nordeste a realizar transplante pulmonar.
De acordo com governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), é uma marca histórica. “A unidade é referência em atendimento de cardiologia e pneumologia. É pioneira em transplantes cardíacos pediátricos e pulmonares, sendo o segundo maior hospital transplantador do País. Parabéns a toda equipe de profissionais do Hospital de Messejana que faz história e salva vidas todos os dias”, reforça.
O atendimento é feito por uma equipe multidisciplinar, com 33 profissionais entre cirurgiões, cardiologistas, anestesistas, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, fisioterapeutas e nutricionistas. Cada transplante realizado guarda histórias e sonhos de pessoas como Ester, diagnosticada aos dez anos de idade com miocardiopatia hipertrófica, a mais comum doença cardíaca de origem genética.
Segundo o cardiologista e coordenador da Unidade de Transplante e Insuficiência Cardíaca do HM, João David de Souza Neto, a dedicação dos profissionais é uma característica que fortalece esse tipo de resultado, ano após ano. “Eu digo sempre que todos os profissionais, do porteiro até o auxiliar do centro cirúrgico, o contínuo, o maqueiro, o motorista da ambulância que sai ‘nas carreiras’ para buscar o coração, todos os profissionais se envolvem. Sem a colaboração de todos, não funciona. A partir do momento em que é captado o órgão, deve-se implantar o coração em até quatro horas. A gente faz tudo para que isso aconteça antes desse tempo. Envolve toda a comunidade do hospital e de fora, como a Polícia Militar e a família do doador, que sem ela não iria acontecer”, destaca.
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