Dezenas de motocicletas e bicicletas apreendidas foram destruídas pelo fogo
O fogo se alastrou rapidamente e ameaçou atingir residências vizinhas à DDM
A intensa coluna de fumaça que saía da delegacia podia ser vista de longe, no Centro de Maranguape
Um incêndio criminoso destruiu parte das dependências da Delegacia Metropolitana de Maranguape (DMM) na manhã desta segunda-feira (21). O local estava superlotado de presos à espera de transferência para o Sistema Penal. O incidente agrava ainda o quadro caótico em que se encontram as delegacias da Polícia Civil na Grande Fortaleza. No fim de semana houve um motim e três tentativas de fuga.
O incêndio teria sido provocado pelos presos descontentes com a situação de superlotação na carceragem. Segundo a própria Polícia, havia no local 30 detentos, a maioria detida em flagrante por crimes de assalto (roubo), tráfico de drogas e homicídio. Mas, conforme representantes do Sindicato dos Policiais Civis, a capacidade real de acomodação de presos é de apenas 12.
Os presos (ainda não identificados) atearam fogo no pátio onde estavam colocadas dezenas de motocicletas apreendidas por serem objetos de crime e estavam à disposição da Justiça. Logo, as chamas se alastraram e, para piorar a situação, havia apenas um policial civil (inspetor) na guarda do prédio. Logo que percebeu o fogo, ele acionou a Polícia Militar para ajudar na retirada e vigilância dos detentos, pois do contrário estes poderiam morrer queimados ou asfixiados diante do volume de chamas e de uma forte coluna de fumaça;
Com a chegada de reforço policial, os presos foram levados até a calçada do prédio, deitados no chão e algemados, enquanto PMs faziam um cordão de isolamento. Ainda assim, um dos suspeitos conseguiu fugir em meio à confusão que se formou no local.
O fugitivo foi identificado depois da contagem. Tratava-se de Lucas Alves de Sousa, que estava preso acusado da prática de roubo. A Polícia informou que alguns dos detentos deverão ser transferidos, ainda hoje, para outras unidades.
Superlotação
No fim de semana, a superlotação de presos nas delegacias de Polícia causou uma série de problemas para a instituição. Os policiais plantonistas no período conseguiram frustrar fugas em, pelo menos, três unidade; , no 34º DP (Centro), onde 44 detentos iniciaram um motim por conta da falta d’água, no 2º DP (Aldeota) e na Metropolitana de Maracanaú (DMM).
Segundo a direção da Polícia Civil, hoje estão nos xadrezes das delegacias da Grande Fortaleza, ao menos, 800 presos aguardando transferência para os presídios.
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