sexta-feira, 10 de julho de 2015

Relatório do FMI traça cenário pessimista para economia global

Em Washington, EUA, o economista chefe do FMI, Olivier Blanchard, disse que 2015 será um ano duro para o Brasil, mas afirmou que o país está no caminho certo e que o ajuste fiscal do governo começará a dar sinais positivos em 2016.




“Este é claramente o conjunto certo de políticas, mas no curto prazo você fica com a confluência de baixa confiança afetando gastos e as medidas com o objetivo de resgatar a confiança também reduzindo as despesas. Por isso, nós achamos que o Brasil passará por recessão as retomará o crescimento no ano seguinte”, disse o economista.



Segundo Blanchard, a recessão brasileira é fruto da baixa confiança dos investidores das famílias, que reduziram os gastos nos últimos meses. Ele afirmou ainda que o corte de gastos e a elevação de juros e impostos também contribuíram para travar a demanda, afetando o crescimento do país.



O Brasil não é o único país a ter uma previsão negativa. O relatório do FMI estima um cenário pessimista para toda a economia global nos próximos dois anos. O órgão cortou de 3,5% para 3,3% a projeção de crescimento da economia mundial para este ano. Para 2016, no entanto, a previsão foi mantida em 3,8%.



A redução nas projeções do FMI reflete o crescimento econômico dos EUA abaixo do esperado para o terceiro trimestre, além da queda no preço das commodities. O FMI reduziu de 3,1% para 2,5% a previsão de crescimento dos EUA. O órgão estima que em 2016, esse percentual ficará entre 3% e 3,1%.



Já a América Latina, afetada pela queda no preço das commodities, caminhará para o quinto ano consecutivo de baixo crescimento. O relatório estima que a região crescerá apenas 0,5% este ano e 1,7% em 2016.

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