O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) existe desde 1998, quando foi criado com o único objetivo de avaliar o conhecimento dos estudantes que concluíram o ensino médio. Apesar do Ministério da Educação (MEC) afirmar que o propósito do Enem continua sendo o mesmo, nos últimos anos cresceu o número de universidades que utilizam a prova como substituição do vestibular.
A prova do Enem até 2008 era realizada em apenas um dia, com 63 questões objetivas de múltipla escolha e uma redação. Não havia divisão por áreas, os enunciados eram pequenos e muitos consideravam a prova fácil. Era comum vários estudantes acertarem mais de 90% da prova.
A partir do Enem 2009 a prova ficou bem mais complexa. As 63 questões de múltipla escolha foram trocadas por 180 perguntas de quatro áreas de avaliação: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias.
Além disso, o Enem passou a ser realizado em dois dias, geralmente em um final de semana, os enunciados passaram a apresentar textos introdutórios e as questões ficaram mais difíceis. Ao realizar as mudanças, o MEC tentou valorizar a leitura, o que justificaria os textos antes das perguntas. Porém, vários estudantes reclamaram que a prova virou um teste de resistência.
A mudança mais recente em relação ao Enem se refere ao número de edições por ano. A partir de 2012 o exame será aplicado duas vezes ao ano, uma no primeiro e a outra no segundo semestre. Também está prevista a adição de questões elaboradas por algumas universidades federais.
Vestibular
Nos últimos anos vem crescendo o número de universidades que estão substituindo os seus vestibulares, ou parte deles, pelo Enem. As instituições alegam que o exame é mais democrático, pode ser feito em qualquer lugar do país, as questões são de caráter multidisciplinar e apresentam fatos do cotidiano. O Enem, ao contrário de muitos vestibulares, não exige decorar fórmulas e equações.
Quando uma universidade opta por usar o Enem como critério único de seleção para as vagas dos cursos superiores, geralmente adere ao Sistema de Seleção Unificada (SiSU). Nesse sistema, todos os participantes do último Enem aplicado podem se candidatar a vagas em todo o Brasil.
ProUni e Fies
Outra vantagem em fazer o Enem é poder concorrer às bolsas de estudo do Programa Universidade para Todos (ProUni) ou solicitar financiamento junto ao Programa de Financiamento Estudantil (Fies). Os dois programas têm contribuído muito para o acesso de estudantes de baixa renda às faculdades particulares.
Certificado do Ensino Médio
Os candidatos que fazem o Enem também podem obter um certificado de conclusão do ensino médio. Para isso, devem ter 18 anos ou mais, manifestar interesse no ato de inscrição e conseguir uma boa média na soma das cinco provas do Enem. A média mínima exigida pode variar a cada edição.
Os candidatos que fazem o Enem também podem obter um certificado de conclusão do ensino médio. Para isso, devem ter 18 anos ou mais, manifestar interesse no ato de inscrição e conseguir uma boa média na soma das cinco provas do Enem. A média mínima exigida pode variar a cada edição.
Também à partir de 2009 passou a ser utilizado também como mecanismo de seleção para o ingresso no ensino superior. Foram implementadas mudanças no Exame que contribuem para a democratização das oportunidades de acesso às vagas oferecidas por Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), para a mobilidade acadêmica e para induzir a reestruturação dos currículos do ensino médio.
Respeitando a autonomia das universidades, a utilização dos resultados do Enem para acesso ao ensino superior pode ocorrer como fase única de seleção ou combinado com seus processos seletivos próprios.
O Enem também é utilizado para o acesso a programas oferecidos pelo Governo Federal, tais como o Programa Universidade para Todos – ProUni .
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