quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Apenas 14% dos candidatos que usaram os nomes de Lula ou Bolsonaro foram eleitos

Mais de 200 candidatos utilizaram nas urnas os nomes do atual presidente e do ex-presidente, mas apenas 29 conquistaram cargos nas eleições municipais de 2024.

Urna eletrônica em uma cabine eleitoral — Foto: Reprodução/TV Globo


Somente 14% dos candidatos que utilizaram nas urnas os nomes "Lula" ou Bolsonaro" foram eleitos nas eleições municipais deste ano. Do total de 204 candidatos que concorreram a cargos usando os nomes do atual ou do ex-presidente, apenas 29 foram eleitos.

O levantamento foi feito pela Globonews com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Entre os 154 candidatos que utilizaram o sobrenome “Lula”, 24 foram eleitos — somente 16% do total. São 21 vereadores e 3 prefeitos, que pertencem a 12 partidos diferentes. As siglas com maior número de eleitos são Avante e Republicanos, com quatro eleitos cada; e Partido Progressista (PP), com três. Também garantiram a vaga candidatos do PDT, PODE, PRD, PSB, PSD, PSDB, PT, Solidariedade e União.

Eleitos que usaram nomes Lula e Bolsonaro em 2024 — Foto: GloboNews/Reprodução

Eleitos que usaram nomes Lula e Bolsonaro em 2024 — Foto: GloboNews/Reprodução

Os 24 eleitos utilizando “Lula” no nome de urna pertencem a dez estados diferentes, com destaque para a região Nordeste. Os estados com maior número de eleitos são Bahia e Paraíba, com seis cada; e Pernambuco, com quatro.

Eleitos que usaram nomes Lula e Bolsonaro em 2024 — Foto: GloboNews/Reprodução

Eleitos que usaram nomes Lula e Bolsonaro em 2024 — Foto: GloboNews/Reprodução

Já entre os candidatos que utilizaram “Bolsonaro” no nome de urna, apenas 10% foram eleitos. Dos 55 candidatos concorrendo, cinco venceram o pleito — todos eles para o cargo de vereador. Eles pertencem a duas siglas diferentes: quatro eleitos são do Partido Liberal (PL), e um do Partido Novo (Novo).

Os cinco eleitos utilizando o sobrenome do ex-presidente Jair Bolsonaro são de estados diferentes. Todos os estados da região Sul tiveram eleitos: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Também há um eleito no Rio de Janeiro e um em São Paulo.

O professor de Administração Pública da FGV, Marco Antônio Teixeira, disse que os números confirmam que o êxito no uso dos nomes é baixo. "A estratégia funciona bem menos do que gostariam as pessoas que fazem o uso do sobrenome para tentar surfar na onda do prestígio das lideranças", afirma o professor.

Os eleitos são de 29 municípios distintos, sendo que 20 deles têm menos de 50 mil habitantes. Só seis cidades que elegeram candidatos que usam os nomes dos dois políticos têm mais de 100 mil habitantes.

Como a maior parte dos eleitos são vereadores de cidades pequenas do interior dos estados, o professor da FGV diz que, possivelmente, a eleição dos candidatos está relacionada ao que ele chama de 'efeito comunidade'. De acordo com Teixeira, podem ser candidatos já conhecidos nos municípios onde concorrem e o uso do nome de Lula ou Bolsonaro pode não ser a principal causa de terem sido eleitos.

Entre os mais de 200 candidatos que utilizaram os nomes de Lula ou Bolsonaro, 72 não foram eleitos, o que representa 35% do total. Os outros 50% (103 candidatos) ficaram como suplentes, ou seja, foram para uma lista como possíveis substitutos caso os titulares precisem se afastar. Essa lista é organizada em ordem segundo a quantidade de votos que cada suplente recebeu.

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