Uma
das principais causas de morte no mundo, o diagnóstico de câncer
precoce pode alterar significativamente a expectativa de vida do
paciente. Para tornar o processo de diagnóstico mais rápido e fácil,
pesquisadores da Universidade de Sorbonne, na França, decidiram testar
se o olfato sensitivo das formigas poderia ser uma ferramenta para
diferenciar células cancerígenas de amostras saudáveis. Os resultados,
publicados na revista científica iScience, são animadores e mostram que o
uso dos insetos para o diagnóstico é possível com apenas trinta minutos
de treinamento. A descoberta abre portas para o desenvolvimentos de
técnicas menos invasivas e menos custosas para a identificação da
doença.
Os pesquisadores partiram de estudos que já demonstravam
essa capacidade em cachorros. Um deles, realizado nos Estados Unidos,
descobriu que cães conseguem “farejar” o câncer em amostras de sangue e
saliva com 95% de precisão. No entanto, uma desvantagem no uso dos
caninos é que eles demandam mais tempo para serem treinados — de meses a
um ano — e os protocolos de ensinamento são mais intensos.
Por
isso, os responsáveis do novo estudo decidiram testar se a mesma
capacidade olfativa que é observada nas formigas poderia funcionar para o
diagnóstico do câncer de forma mais fácil — e os resultados foram
considerados um sucesso.
Essa capacidade de identificação
acontece devido aos compostos orgânicos voláteis, unidades de carbono
presentes nas células cancerígenas que funcionam como biomarcadores para
animais com o olfato sensitivo, como cachorros e formigas.
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