O Ministério Público Federal instaurou um
procedimento para investigar crimes contra a segurança nacional, a ordem
política e social na paralisação de policiais cearenses. O órgão vai
apurar se os atos podem ser enquadrados como crimes tipificados na Lei
de Segurança Nacional.
A medida caracteriza como crime, por
exemplo, a prática de sabotagem contra instalações militares, meios de
comunicações, meios e vias de transporte, estaleiros, portos,
aeroportos, fábricas, usinas, barragem, depósitos e outras instalações
congêneres. Também é considerado crime tentar impedir, com emprego de
violência ou grave ameaça, o livre exercício de qualquer dos Poderes da
União ou dos Estados, bem como incitar à subversão da ordem política ou
social e à prática de qualquer outro crime previsto na lei.
“A greve do braço armado do Estado
coloca em grave risco não apenas a segurança pública da sociedade, mas o
próprio edifício institucional do Estado de Direito”, afirma o procurador da República Rômulo Conrado.
Durante a manifestação, unidades militares foram ocupadas na capital, Fortaleza, e no interior. Homens mascarados subtraíram viaturas conduzidas por policiais civis e esvaziaram pneus de outros veículos utilizados em atividades de policiamento. Em Sobral,
cidade da região Norte, grevistas armados e com rostos cobertos
percorreram ruas determinando fechamento de comércios. Foi lá também
onde o senador licenciado Cid Gomes (PDT) foi ferido a bala por manifestantes, quando tentava entrar num batalhão ocupado usando uma retroescavadeira.
Cnews
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