O presidente da Câmara, o filho e empresários foram denunciados por peculato-desvio e de lavagem de dinheiro

O Ministério Público do Estado do Ceará
(MPCE), ofereceu nesta quarta-feira (19) mais duas denúncias referentes à
Operação Casa de Palha, deflagrada em abril deste ano, para investigar a
existência de crimes de fraude em licitações, dentre outros ilícitos,
na Prefeitura e na Câmara Municipal de Quixadá (CQM).
Na primeira foram denunciados Felipe
Brito de Sá e Jonatas Ferreira de Lima, ambos sócios da FJ Engenharia
Assessoria e Serviços LTDA-ME, e Ricardo de Sousa Araújo, sócio da
Construtora Araújo LTDA. De acordo com o MPCE, eles são acusados de
frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro
expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório, com o
intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da
adjudicação do objeto da licitação.
A segunda denúncia foi oferecida contra
Ricardo de Sousa Araújo, Francisco Ivan Benício de Sá, vereador e
presidente da CMQ, e o filho Francisco Ivan Benício de Sá Filho pelos
crimes de peculato-desvio e de lavagem de dinheiro. Felipe Brito,
Jonatas Ferreira, Ricardo Araújo, Francisco Ivan e Paula Renata estão
presos preventivamente. Na terça-feira (18/06), o Superior Tribunal de
Justiça (STJ) não concedeu liminar no habeas corpus da defesa de
Francisco Ivan Benício de Sá, determinando, ainda, requisição de
informações e, após, vista ao Ministério Público Federal (MPF).
Em todas as denúncias, o MPCE solicitou o
levantamento do sigilo dos autos, incluindo os áudios das
interceptações telefônicas, bem como o compartilhamento com a Câmara de
Vereadores de Quixadá para fins de eventual apuração dos atos do
vereador e presidente da Câmara, Francisco Ivan Benício de Sá. Os
membros do MPCE ressaltam que a análise do material apreendido ainda
está em andamento e que outras denúncias poderão ser oferecidas em breve
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