terça-feira, 17 de março de 2015

Últimas noticias sobre o fim do mundo

Antigas ameaças capazes desencadear uma catástrofe se somam a novas, como a inteligência artificial e a nanotecnologia. Chances de apocalipse ainda são pequenas

Miguel Ángel Criado, El País
O fim do mundo sempre foi um patrimônio da religião e, ocasionalmente, de Hollywood e de seus filmes de catástrofes. No entanto, a ciência vai acumulando dados e começa a levar a sério os riscos de que um fenômeno natural ou provocado pelos humanos possa acabar com a civilização. Um recente relatório detalha os 12 grandes riscos que poderiam provocar o Apocalipse anunciado nos textos sagrados e nas salas de cinema.
“A maioria dos roteiros de Hollywood exige esforços heroicos para nos salvar, e os grupos religiosos milenaristas buscam um significado transcendental para esses desastres”, disse Stuart Armstrong, pesquisador do Instituto para o Futuro da Humanidade (IFH), da Universidade de Oxford, e coautor do estudo. No entanto, para a ciência, “esses riscos são, principalmente, questões que podem se reduzir a conceitos nada glamorosos, como a eficiência energética, e a maioria não tem nenhum significado ou racionalidade por detrás”, acrescentou.
O IFH e a Fundação Desafios Globais, com sede na Suécia, compilaram tudo que a ciência sabe sobre esses possíveis cataclismos tão pouco encantadores. Cerca de 30 especialistas revisaram centenas de livros e artigos científicos até obter uma lista com os eventos que poderiam acabar com a civilização humana e, inclusive, com a própria existência do homem. O relatório intitulado 12 Riscos para a Civilização Humana estabelece até uma estimativa da probabilidade de que algum desses fatos ocorra nos próximos 100 anos.
Alguns dos perigos, como a mudança climática e a guerra nuclear, já existem faz tempo na sociedade. Outros são tecnologias emergentes que poderiam ter um lado obscuro, como a inteligência artificial e a biologia sintética. Além disso, há aqueles que sempre estiveram presentes e que, no passado, provocaram extinções em massa na Terra, como o impacto de um grande asteroide e a erupção de um super vulcão. E, entre vários deles, poderiam existir conexões capazes de agravar o resultado final, tornando impossível a existência de vida no planeta, pelo menos tal qual se conhece.

A colisão de um grande asteroide de cinco quilômetros libertaria, segundo os cientistas, a energia de 100.000 bombas atômicas (Foto: El País)A colisão de um grande asteroide de cinco quilômetros libertaria, segundo os cientistas, a energia de 100.000 bombas atômicas (Imagem: El País)

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