segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Blog do Tim

Modernização do capitalismo selvagem brasileiro chegou a Nova Russas levando nossos empregos.

Modernização do capitalismo monopolista chegou a Nova Russas destruindo tudo!!!
Nova Russas não vive mais na periferia do capitalismo como produtor no sistema capitalista de produção. 
Capitalismo oligopolizado e monopolizado chegou aqui com grande força destruindo nosso capitalismo artesanal e primitivo. 
Destruindo nosso parque industrial. Levando à falência nossas pequenas empresas.
Nossa Algodoeira Gomes foi à falência total e absoluta, por causa da concorrência com o algodão sintético produzido e da praga do bicudo. Fechamento da Algodoeira que fechou centenas de empregos, especialmente dos operários daquela empresa algodoeira.
Não bebemos mais guaranás produzidos em Nova Russas, como era costume até a decada de 1970. 
Agora bebemos apenas as sukitas, as pepsi, as coca colas, os Red Bull produzidas por indústrias de refrigerantes e de bebidas  de São Paulo e dos Estados Unidos. 
Com o fim da oiticica e da mamona foram embora as fábricas de óleo e os empregos respectivos. Hoje compramos óleo produzido em São Paulo, que chega aqui caro por meio do transporte rodoviário. É de lascar!
Essa tal modernização conservadora do capitalismo selvagem, em que Nova Russas passou de um centro industrial produtor de mercadorias para um centro consumidor de mercadorias produzidas no Rio e em São Paulo, fez que nos tornasse apenas consumidores de produtos nacionais e estrangeiros.
Compramos telhas e tijolos de cerâmicas de São Paulo e de Russas, levando ao fim de nossas olarias e cerâmicas. Cerâmica Nova Russas, que ficava no Bairro de São Francisco, fechou as portas no final dos anos 90.
Nossas fábricas de mosaicos e de azulejos construída pelo Monsenhor Leitão faliram.
 Indústrias e empresas do Sudeste vendem azulejos e mosaicos a preços mais baixos. 
As nossas microindústrias do barro cu e as famosas louceiras não existem mais. Acabaram os potes, os filtros e as panelas de barros artesanais.
Indústria petroquímica tomou conta de tudo, vendendo seus produtos de plástico.
Hoje quase tudo é de plástico, sejam as cadeiras e até os filtros de água. 
Sacolas plásticos ajudam a destruir o Rio Curtume e substituíram as cestinhas e os jacaus de carnaúba usados nas compras de frutas e legumes na feira do mercado. 
Nossa indústria de produtos derivados do couro morreu. Nada mais é de couro. 
Produtos derivados do petróleo trocaram o couro frio pelo derivados petrolíferos muito quentes.
Hoje comprados madeira do Pará cheias de cupim para forras, caibros e portas de nossas casas.
Tirando empregos dos nossos lenhadores, dos nossos serralheiros e de outros profissionais do ramo.
A Nike e outras empresas de calçados acabaram com as nossas sapatarias. Todos lembram dos vários empregos gerados sapatarias de Nova Russas, sendo o exemplo mais famoso a Sapataria do saudoso Odilon Sapateiro - o 'Siribiu'.
Outras extinções de responsabilidade do capitalismo monopolista, oligopolista e centralizador de São Paulo e dos Estados.
Principais centros produtores do sistema produtivo de mercadorias. 
Produtos domésticos tipo alfenis e cocadas foram trocados por doces industriais e cancerígenos.
A comercialização e o consumo em massa das podres galinhas de granja, produzidas em granjas industriais, acabou com os vendedores de galinhas caipiras em paus nos ombros.
 Acabando com a produção local de galinhas caipiras e com os empregos de tais produtores.
Comércio sofreu muito. As Casas Pernambucanas fecharam as portas por da conta da concorrências das grandes indústrias do jeans. 
Consumidores locais não queriam mais os tecidos de tergal e 'voltomundo' das Pernambucanas.
O capitalismo vive do consumo em massa. Das grandes produções vendidas nos mais diferentes mercados consumidores, dominados por oligopólios e monopólios que produzem tudo.
 Assim ocorre com as fábricas de Fortaleza, do Rio, de Minas Gerais, do Rio; e dos Estados Unidos e da Europa, que enchem as nossas cidades de seus produtos nocivos.
Nova Russas passa por isso atualmente, especialmente nos produtos domésticos. Compramos geladeiras, televisões, móveis e eletrodomésticos todos os anos. 
Ninguém conserta mais. Acabando com os estofadores, consertadores de tevês e de rádios, ajeitadores de geladeiras, técnicos em fogões, entre outros.
Padarias comunitárias não existem mais, nem mesmo os vendedores de bolas manzapes. 
Ferreiros, enquanto profissionais do ferro em brasa,  desapareceram com as metalúrgicas de grande porte. Vendendo portas e produtos do ferro bem baratos. Ferreiros agora existem apenas em fotografias do passado
Apenas isso.
Mas com a falta de água do Açude Farias de Sousa, por causa da seca braba, voltaram à cena os famosos botadoras de água na cabeça e nos jumentos
Motos e bicicletas substituíram os vaqueiros/vaqueirama e os vendedores de leite em jumentos
Queimadores de lenhas e carvoeiros já não existem mais. Barbeiros, idem. Os ourives também. 
E outras profissões estão indo no mesmo rumo em Nova Russas. 
Funerárias modernas acabaram com as carpideiras e outros profissionais dos velórios e dos enterros.
Sorvetes e picolés da Ki Bom quase acabam com os nossos vendedores de picolés em saco.
Coisas do capitalismo que destrói tudo, inclusive, coisas belas, como disse Caetano Veloso.
Capitalismo moderno que destruiu a economia, as empresas, o desenvolvimento, os empregos de Nova Russas. 
Precisamos reagir contra isso. 
Para ontem. 
Tenho dito!

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