quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Sem saudosismo, um rádio muito diferente

O Rádio dos anos 1960 era muito diferente do atual. Naquela época dirigir emissoras de rádio era prerrogativa de profissionais experientes com muitas horas de microfone e largo conhecimento dos segredos do rádio. O Rádio do século 21, já não exige a perfeição que se buscava no passado. Locutores e apresentadores, eram verdadeiros astros tratados com alta distinção e admiração por ouvintes e dirigentes de emissoras.  Entrar para o seleto clube dos locutores não era tarefa das mais fáceis. O candidato a radialista, locutor no caso, passava por um rigoroso teste de aptidão.
Nesse teste eram avaliados, o padrão de voz, o ritmo de leitura, a dicção, inflexão e interpretação de texto e conhecimento, pelo menos, de pronúncia em inglês, francês, espanhol e italiano, já que os locutores precisavam saber anunciar nomes de músicas, autores e cantores de várias nacionalidades.
Bons locutores, que apresentavam programas populares de grande audiência, recebiam frequentemente propostas de emissoras concorrente que estavam sempre á procura de profissionais talentosos, considerados uma garantia de bons números nas pesquisas de audiência.
Os radialistas sempre tiveram um lugar de destaque nas comunidades. O trabalho que realizam, aproximando pessoas, informando, orientando, entretendo e distraindo, é reconhecido desde os primeiros tempos de nossa radiofonia. Nos chamados Anos Dourados do Rádio, os jornais diários reservavam grandes espaços para colunas que se ocupavam exclusivamente da atividade radiofônica. Com o advento da internet a comunicação se popularizou e com o surgimento das redes sociais e das rádios comunitárias com exceção, veio uma leva de falsos difusores da informação de boa qualidade, prostituindo e suplantando os bons radialistas. Neste bombardeio de informação tem gosto pra tudo, textos mal elaborados e erros grotescos de português, locutores despreparados, contribuem para o descrédito de uma parcela da mídia que toma rumos letais a globalização e democracia desenfreada da informação anarquista.Urgente, precisa-se regulamentar e valorizar o bom profissional do rádio.

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