Sobe para 17 o número de abuso sexual
contra crianças em Sobral. Desta vez, foi um professor que abusou de uma
criança de quatro anos na CEI Domingos Olímpio, na Vila União, na
última terça-feira (5/11), A criança já identificou o agressor que
passou as mãos em suas partes
íntimas. Este é o 12º ocorrido dentro das dependências de uma escola. A
última ocorrência tinha acontecido na creche do Grajaú contra uma
criança de três anos.
A criança, nascida em 3 de agosto de
2015, portanto com 4 anos, sofreu abuso sexual dentro da CEI Domingos
Olímpio. Segundo a garota, o predador sexual era um homem que a seguiu
ao banheiro e lhe tocou “no pipiu e no bumbum. À noite do mesmo dia, a
criança relatou o caso à mãe, que verificou vermelhidão na vagina
inflamada da criança.
Na manhã seguinte, nesta quarta-feira
(6/11), os pais – L. A. A e J. B. M -foram tomar satisfação com a
diretora da creche, a professora Joelma. Segundo eles, a professora não
confirmou o caso e se negou a identificar o homem apontado pela criança
como abusador.
De lá, eles foram para a Delegacia
Regional, onde foram orientados a buscar a Delegacia da Mulher. À
reportagem do Sobral Post, um agente da delegacia não quis dar
informação. “Só na sexta-feira”, disse sem querer se identificar.
O Conselho Tutelar recebeu a denúncia e
entrou em contato com a diretora Joelma, de quem se exigiu um ofício
comunicando o fato. Como as primeiras providências já foram tomadas
(B.O. na delegacia e encaminhamento ao Creas), cabe agora ao Conselho
encaminhar ao Ministério Público. O caso está com o conselheiro Adail
Alves, que não atendeu às ligações telefônicas.
COINCIDÊNCIAS
A equipe do Sobral Post foi à creche, no
final da tarde, mas não encontrou a diretora. Falou com os vigilantes e
moradores do entorno, que não souberam informar. No entanto, deram
conta de movimentação policial em frente à escola, com a presença de
algumas viaturas.
Por coincidência, a criança de três anos
que foi abusada na creche do Grajaú, havia sido transferida para esta
creche da Vila União, onde ocorreu o outro caso. A mãe dela, Fabrícia do
Carmo, soube do caso e se dirigiu a escola para se informar. Falou com a
coordenadora, cujo nome não se recorda, que disse não saber de nada.
“Perdi a confiança nas escolas, só levo minha filha para creche depois
que tudo for esclarecido, e o criminoso for afastado”, disse.
Fabrícia do Carmo, ainda revoltada e
pedindo Justiça, não concorda com a atitude da família, que não quis
muita divulgação (por isso, o jornal optou por usar apenas as iniciais).
“Temos que divulgar, para que o caso não seja abafado, para que o
agressor pague pelos seus erros, para que nossas crianças não corram o
risco de novos abusos”, desabafou.
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