No segundo semestre do ano, as queimadas costumam aumentar; em 2019, mais de 200 focos já foram registrados
Foto: Birgit Lengert |
Um dos estudos mais recentes da Fundação
Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) indica que o
Ceará possui áreas de 20 municípios com alto risco de incêndios
florestais. O projeto foi iniciado em 2017 e concluído neste ano.
De acordo com o pesquisador Manuel
Rodrigues de Freitas Filho, coordenador do projeto e supervisor do
Núcleo de Estudos Básicos da Funceme, o estudo levou em consideração
mapeamentos temáticos do estado realizados pela Funceme, tais como:
cobertura vegetal natural, uso e ocupação da terra, unidades de
paisagem, pluviometria média anual e índice de vegetação. “Com uso
de técnicas de geoprocessamento, estes mapeamentos passaram por um
processo de integração, resultando no mapa que indica as áreas mais
vulneráveis à ocorrência de incêndios florestais”, explica Rodrigues.
As áreas com maiores riscos estão situadas
predominantemente nas regiões do médio Jaguaribe, Inhamuns e
Centro-Norte do estado. Nestes locais, onde é comum a prática
agropecuária, a pluviometria média anual varia entre 700 e 800
milímetros, o que colabora para o índice de vegetação extremamente seco.
Veja a lista:
“As áreas classificadas com os maiores
riscos de ocorrência de incêndios florestais no Ceará são as que foram
registradas os menores índices de chuva e que, ao mesmo tempo, são
ocupadas pela vegetação natural de caatinga, a qual tende a ficar em uma
condição muito seca no decorrer do segundo semestre”, reforça o pesquisador da Funceme.
Com a redução comum das chuvas no segundo
semestre, as queimadas costumam atingir níveis máximos. De acordo com o
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o período entre
setembro e outubro registra os picos médios de focos de queimadas. Em
2019, já foram registrados 216 focos no Ceará.

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