quinta-feira, 20 de abril de 2017

Ex-chefe da OAS alega que Lula o orientou a destruir provas

São Paulo – Em depoimento ao juiz Sergio Moro, da 13ª Vara de Curitiba,  o ex-presidente da construtora OAS José Aldemário Pinheiro (conhecido como Léo Pinheiro) afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o teria orientado pessoalmente a destruir supostas provas que pudessem incriminá-lo na Operação Lava Jato.
As informações foram publicadas no site da revista VEJA.
A suposta conversa de Léo Pinheiro com Lula sobre o assunto teria sido discutida em maio de 2014 – dois meses depois do início das investigações da Lava Jato.
Mais cedo, o juiz Sergio Moro ouviu o ex-ministro dos governos Lula e Dilma Antônio Palocci, que prometeu entregar informações “que vão ser certamente do interesse da Lava Jato”.
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, ele já teria se reunido com a força-tarefa que investiga crimes de corrupção na Petrobras com o objetivo de fechar um acordo de delação premiada.
Relação suspeita com a OAS
A Polícia Federal e a Procuradoria da República sustentam que o ex-presidente recebeu propinas da OAS no montante de R$ 3,7 milhões.
Uma parte do dinheiro teria sido investido em obras no apartamento do Condomínio Solaris, no Guarujá.
Outra parte, segundo a acusação, no montante de R$ 1 milhão, foi usada para armazenamento de pertences que Lula ganhou quando na Presidência.
Segundo o Ministério Público Federal, a OAS bancou tais despesas por supostamente ter sido beneficiada em contratos com a Petrobras.
A defesa do petista afirma não ser dele o triplex. Nesta quarta-feira, 19, os advogados de Lula exibiram à imprensa documentos da recuperação judicial da empreiteira que incluiu em seus ativos o apartamento do Guarujá.
Léo Pinheiro foi preso em novembro de 2014 na Operação Juízo Final, etapa da Lava Jato que mirou o cartel de empreiteiras que se instalaram na Petrobras para fraudes, desvios bilionários e propinas.
Em 2015, Léo ganhou prisão domiciliar com tornozeleira. Mas, condenado a 16 anos de prisão por Moro, voltou à cadeia em setembro de 2016.
Dois meses depois, o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) elevou para 26 anos a pena imposta ao empreiteiro.
*Com informações de VEJA e Estadão Conteúdo

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