
A pesquisadora e
professora da Universidade Estadual do Ceará (Uece) Katiane Queiroz desenvolveu um estudo sobre a proteína lactoferrina
humana (LF), já
conhecida como agente antitumoral, que pode ajudar no combate
ao câncer. A pesquisa já foi divulgada pela universidade
Após conclusão dos
estudos em relação ao câncer, próxima etapa deve abordar influência contra o
zika vírus.
A lactoferrina humana
é uma proteína natural encontrada no leite materno e “em inúmeras secreções
exócrinas como saliva, lágrima, sêmen, fluidos vaginais e gastrointestinais,
mucosa nasal e bronquial”, como explica Katiane.
Essa substância ajuda
a combater infecções e fortalece o sistema de defesa do corpo humano. É a
principal fonte de ferro presente no leite e desempenha um papel importante no
sistema imunológico das crianças.
Em seu estudo, a
professora utilizou um método inovador para a produção da lactoferrina. Nele,
um vírus com alto poder de proliferação, conhecido como adenovírus, foi
modificado e passou a conter os genes da proteína. As células virais contendo o
DNA da lactoferrina humana foram injetadas nas glândulas mamárias de cabras que
passaram a produzir leite com essa substância.
Segundo a
pesquisadora, a técnica permite “a produção rápida e barata de um biofármaco
que já foi empregado eficazmente no combate de células provenientes do câncer
colorretal, da próstata e do glioblastoma (tumor cerebral)”.
A área de aplicação
da lactoferrina é extensa, segundo Katiane. Ela afirma que a proteína serve
como agente antibacteriano, antiviral, anti-inflamatório, imunoregulatório,
antifúngico e antitumoral.
Entre a variedade de
remédios que podem ser fabricados a partir da proteína estão vacinas,
imunoreagentes, agentes quimiopreventivos e quimioterápicos. A proteína também
pode ser utilizada em tratamentos nutricionais através do leite e derivados
lácteos como queijos, iogurtes e manteigas.
Os estudos sobre a
aplicação da lactoferrina no tratamento do câncer foram concluídos, mas as
pesquisas sobre a utilização da proteína para tratar outras doenças seguirá.
“Nossa pesquisa ainda abordará o papel da lactoferrina contra o zika vírus.
Também estamos em busca de auxílio financeiro para estudarmos essa proteína
como agente modulador na doença de Alzheimer e antienvelhecimento”, afirma
Katiane. A pesquisa contou com o financiamento da Funcap através do edital
Inovafit.
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