quarta-feira, 1 de março de 2017

Ceará tem fevereiro mais chuvoso desde 2011, com 33% acima da média

O Ceará registrou o mês de fevereiro mais chuvoso desde 2011, com 33% acima da média. Desde 2012 o Estado não ultrapassava a média histórica prevista para o mês. O volume foi quase três vezes maior que no mesmo período do ano passado. A média histórica de chuvas para fevereiro é de 118,6 milímetros, mas em 2017 o volume observado foi de 158,7 milímetros, cerca de 33,8% superior ao observado para o mês na série histórica, de acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Conforme o monitoramento, foi o maior volume desde 2011 – quando choveu 169,6 milímetros no estado – e quase o triplo que o registrado no mesmo período do ano passado, quando 53,2 milímetros foram observados. Além disso, desde 2012 o estado não ultrapassava a média histórica prevista para o mês.
As chuvas reacenderam as esperanças do homem do campo que, nesta época do ano, ficam de olho no céu e, em muitas regiões, já partiram para o plantio. Desde dezembro do ano passado as sementes do programa do Governo do Estado foram distribuídas entre os agricultores cadastrados. É possível ver muitos roçados já preparados para o plantio.
No dia 21 de fevereiro último a Funceme divulgou a projeção de chuvas para os meses de março, abril e maio. A probabilidade é que fique dentro da média histórica no Ceará que é de 43%. No entanto, é possível que fique 20% acima da média e 37% de probabilidade de precipitações abaixo da média.
Apesar da expectativa, ações de segurança hídrica devem permanecer, já que as recargas aos açudes nesses dois primeiros meses do ano ainda não são suficientes para atenuar o rastro dos cinco anos consecutivos de estiagem, diz o presidente da Funceme, Eduardo Sávio.
Segundo ele, mesmo que os índices estejam dentro da média histórica, não há certeza de que haverá aporte hídrico. “Quando a gente roda as simulações de vazão d’água, com base no prognóstico, a tendência é de o escoamento ficar abaixo da média. Isso não significa que teremos aporte significativo para os reservatórios estratégicos, como o Castanhão, Orós e Banabuiú”, observou.
As chuvas acima da média para este mês de fevereiro, segundo o titular da Funceme, foram concentradas, o que se espera que ocorra ao longo dos próximos meses. “Chuvas concentradas significam que o solo não tem capacidade de absorver toda essa chuva, gerando escoamento superficial, que se transforma em aporte para os reservatórios. É melhor que continue chovendo abaixo ou na média, de forma concentrada, como está acontecendo, para alguns reservatórios continuarem vertendo. À medida em que os pequenos e médios reservatórios vão enchendo, a gente também espera que os grandes (reservatórios)  comecem a receber um aporte significativo”,

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