segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Promotor de justiça vê como “excrescência” tanto sindicato espalhado pelo País

Com o título “Um martelo contra os abusos”, eis artigo do promotor de justiça Walter Filho. Ele critica o efeito das greves sobre setores como educação e “abusos” cometidos nesse tipo de manifestação. Diz ainda ser uma “excrescência” tanto sindicato espalhado pelo País. Confira:
Todos os anos várias categorias paralisam suas atividades no Brasil em busca de melhores salários – é o que propagam. É uma forma legal de pressão da classe trabalhadora, bastante penalizada. Muitas categorias precisam de melhores remunerações – policiais, professores e outros setores. Sucede, porém, que os fatos vêm tomando rumos inaceitáveis, maiormente nos setores essenciais. A educação é a mais lesada, com suas greves contínuas e com milhares de alunos prejudicados.
A consciência jurídica determina que não haja excesso no exercício de qualquer direito, como, por exemplo, impedir a liberdade de ir e vir daqueles que querem trabalhar. Este absurdo é praticado até com violência por sindicatos que se acham acima da lei – é tempo de endurecer com tais donos das ruas.
O Supremo Tribunal Federal autorizou o desconto na folha do grevista. É preciso dar um fim nos profissionais da greve – dependendo da bandeira política que governa, terá ou não paralisação. O ministro Luís Roberto Barroso foi taxativo: “O administrador público não apenas pode, mas tem o dever de cortar o ponto”. A decisão será um freio nos abusados líderes; que aproveitam uma situação de fraqueza dos governantes e passam a ditar normas no setor. Ruas são ocupadas, o trânsito é bloqueado e muitas vezes invadem repartições com depredações e roubos.
Aqui, o interesse da coletividade é sempre deixado para trás, não há no exercício do direito de greve preocupação com os serviços essenciais, já que todos são prejudicados com suas interrupções.
As greves bancárias perderam força, uma vez que a automação do setor permite que a população honre seus compromissos nas casas lotéricas, bancos eletrônicos e computadores – já não causam tanto prejuízo.
A decisão judicial fatalmente mudará o rumo das negociações, radicalizadas pelo sentimento de impunidade de muitos sindicalistas. Hoje, superamos a barreira dos 15 mil sindicatos, o que é uma excrescência – muitas fachadas e abuso do dinheiro alheio.
*Walter Filho
walterfilhop@gmail.com 
Promotor de Justiça

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vini é 6º jogador mais bem pago do mundo; veja valores e o top 10 da Forbes

Vinícius Júnior está entre os dez jogadores de futebol mais bem pagos do mundo. Em levantamento divulgado pela revista Forbes, o brasileiro ...