sábado, 13 de fevereiro de 2016

Ministro do TCU é investigado pelo STF

Brasília - O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams durante sessão do TCU que analisa as contas do governo de 2014 (Valter Campanato/Agência Brasil)
O ministro do TCU, Raimundo Carreiro, investigado em inquérito no Supremo Tribunal Federal por suspeita de recebimento de propina do dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, abandonou a relatoria do processo em que a própria empreiteira propôs um acordo de leniência com a União.
O discurso de Carreiro desistindo da relatoria foi acompanhado por olhares decepcionantes dos ministros José Múcio, Ana Arraes, Augusto Nardes e Benjamim Zymler.
Em acordo de delação premiada, Ricardo Pessoa garantiu que pagava R$ 50 mil mensais ao advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do TCU, Aroldo Cedraz, para obter informações privilegiadas do órgão.
O empresário tinha particular interesse no processo de prestação de contas da Usina Nuclear Angra 3, em Angra dos Reis (RJ), cujo relator era Raimundo Carreiro.
Pessoa contou também que Tiago Cedraz pediu-lhe um repasse único de R$ 1 milhão, em espécie, dizendo que o dinheiro se destinaria ao ministro do TCU.
Nesta quinta-feira (11), Carreiro declarou-se impedido e abandonou a relatoria do processo de leniência da construtora UTC.
O ministro nega categoricamente o recebimento da propina, dando a entender que o advogado pode ter usado o seu nome para extrair o dinheiro do dono da UTC.

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