A proposta de redução do número de
ministérios encurralou a presidente Dilma Rousseff por três lados. O maior
“aliado” (PMDB), a oposição e manifestantes que se organizam para mais um
protesto contra o governo no dia 12 de abril assumiram a bandeira. O tema é
alvo de estudos no Palácio do Planalto desde o primeiro mandato, mas nunca foi
adiante.
Até agora, Dilma tem insistido na tese de que o “status” de
ministério confere visibilidade a alguns setores do governo considerados menos
nobres (como Pesca, Direitos Humanos e Igualdade Racial). Além disso, na
prática, a redução da Esplanada limitaria o poder de barganha do loteamento
partidário na costura de alianças com o Congresso.
“A principal resposta que Dilma pode dar às ruas é enxugar o
ministério e nomear gente competente, não esses ministros indicados por
partidos que aí estão”, defendeu o líder da oposição no Senado, Alvaro Dias
(PSDB-PR) pensamento tb defendido deputados federais peemedebistas de aprovar uma proposta de emenda à
Constituição para limitar a 20 o número de ministérios (atualmente está em 39)
O secretário-geral da associação
Contas Abertas, Gil Castello Branco, concorda que a redução dos custos com a
medida pode até não ser tão significativa, mas ressalta que o tamanho do
ministério brasileiro é uma “aberração”. “É até uma piada de mau gosto pedir a
um brasileiro que cite o nome de dez ministros. Aliás, não dá nem para exigir
da presidente que saiba o nome de todos eles.”
Para Castello Branco, a comprovação da ineficiência do modelo com
39 pastas estaria justamente na ideia da visibilidade. “Se fosse assim,
teríamos 100 ministérios. O fato é que um ministro precisa ter poder de
participar das decisões, não ser meramente decorativo.”
“Ninguém aguenta mais o tamanho da
burocracia do Estado e a quantidade de tributos que somos obrigados a pagar para
manter esses ministérios que não são necessários para tocar a República”
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