O planejamento do trânsito e da mobilidade urbana ainda está longe de se transformar em prioridade nos municípios brasileiros.
E, no Ceará, essa também é uma triste realidade. Uma pesquisa do IBGE
aponta que, dos 184 municípios do Ceará, apenas seis tem planejamento
para o trânsito.
Nessa lista, estão as cidades de Fortaleza, Caucaia, Eusébio,
Guaramiranga, Canindé e Cratéus. A falta de um plano de mobilidade
urbana, com organização do trânsito, sinalização de vias, boa
fiscalização e valorização da vida dos pedestres, mostra que o poder
público enfrenta dificuldades para definir o que é prioridade e
interesse coletivo.
Com o crescimento vertiginoso da frota de veículos, o trânsito das
grandes, médias e pequenas cidades se transformou em uma situação
extremamente caótica, onde motoristas não respeitam as leis, nem o bom
senso e muito menos os pedestres.
Os números da pesquisa do IBGE obrigam a Associação dos Prefeitos dos
Ceará, APRECE, a cumprir, pelo menos, o papel de discutir a elaboração
de planos de trânsito e mobilidade urbana.
Sem essa discussão, sem essa prioridade, teremos cidades com trânsito cada vez pior e os moradores nas ruas e avenidas em conflito permanente com motos e carros. (Ceará Agora)
Sem essa discussão, sem essa prioridade, teremos cidades com trânsito cada vez pior e os moradores nas ruas e avenidas em conflito permanente com motos e carros. (Ceará Agora)
BLOG - De acordo com dados do Detran Apenas 53 das 184 cidades do Ceará têm serviço municipal de trânsito, algumas estão em fase de implantação, casos de Independência e Ipueiras aqui nesta região. A implantação do órgão municipal esbarra em algumas variantes, quanto à educação, cultura, fiscalização e punição de acordo com as leis de trânsito. Em cidades do porte de Nova Russas, por exemplo além de não ter um planejamento do trânsito e da mobilidade urbana, considerados essênciais para organização, não temos também projeto de engenharia de tráfego. Faltam semáforos, sinalizações as que existem estão decadentes e estacionamento apropriado no centro da cidade. O nosso trânsito dentro das devidas proporções, aos sábados se assemelha a capital da India, tão caótico que é. O contingente dos agentes de trânsito é insuficiente para fiscalizar e cumprir com suas obrigações nos três turnos, principalmente à noite, quando há uma acentuada incidência de desobediência as leis do trânsito, tanto no uso dos equipamentos de segurança, como na imprudência e/ou imperícia e na condução de veículos sem habilitação. Às vezes, questionamos será se a nossa cidade estava realmente preparada para municipalizar o trânsito ? O Demutran de Nova Russas, responsável por gerir o trânsito foi criado no ano de 2001 e mesmo não sendo assistido como deveria, já colheu alguns frutos, como por exemplo, incentivo as pessoas a se regularizarem junto aos órgãos de trânsito (CNH), cobrança do uso do capacete o que tem evitado mortes e multas aos condutores que cometem infrações. O Demutran para funcionar a contento tem que ter autonomia, infelizmente por ser regulamentado e subordinado ao poder executivo, sua autoridade dentro da lei é suplantada. Os agentes de trânsito dentro de suas limitações tentam realizar suas funções, entretanto em alguns momentos se tornam impotentes na hora de fazer cumprir a lei.
PARA ONDE VAI O DINHEIRO DAS MULTAS
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