terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Escassez de combustíveis em Nova Russas deixa postos em alerta



Com o aumento da demanda provocado pelo crescimento de automoveis, começa a faltar combustível em vários postos no Cariri. A alta no consumo, impulsionada pelo período de ferias e romarias, ocorrem o estrangulamento do terminal do Porto do Mucuripe e a demora na chegada de navios abastecedores, provocando a irregularidade e escassez dos produtos.
Apesar da falta de combustíveis, ainda não houve aumento no preço do produto nos últimos seis meses. Em Fortaleza, no Porto do Mucuripe, desde sábado passado, que a fila de caminhões tanques se estende. A espera para abastecimento nos terminais ultrapassa três dias.
Empresarios de postos estao indo buscar combustível em Pernambuco e na Bahia em um esforço para evitar a falta do produto para os clientes. "A Petrobras não agiu, não fez nada e a situação está piorando. É tortura diária atrás de gasolina".
Na cidade de Várzea Alegre, os empresários do setor encontram  a mesma dificuldade de donos de postos sem bandeira (livres) para obter os derivados do petróleo e o etanol. O combustível vem do Porto de Suape, em Pernambuco. Em Fortaleza, as dificuldades são enormes".
Muitos empresários antecipam o envio de caminhões tanques, como estratégia para evitar o desabastecimento. "Antes, a gente só fazia o pedido e despachava o caminhão, três dias antes do produto acabar nos tanques, mas agora temos que antecipara o pedido e o pagamento", disse um gerente de posto.
A assessoria de Imprensa do Sindicato dos Revendedores de Combustível do Ceará (Sindipostos) confirmou a existência da crise parcial de desabastecimento tanto em Fortaleza, quanto no Interior. O problema é decorrente do atraso na chegada e descarregamento de navios no Porto do Mucuripe que está congestionado e aumento significativo da demanda. Houve ainda, remessa de carga de gasolina em desconformidade com o padrão do combustível que é distribuído no Brasil com a adição de etanol.
O Sindipostos confirmou que a preferência na distribuição de combustível é para os postos que têm bandeira, isto é, há contrato com as distribuidoras. As empresas livres enfrentam mais dificuldades para adquirir o produto.
Ainda de acordo com o sindicato, a partir de hoje a distribuição deve começar a se normalizar. A direção do órgão vai permanecer acompanhando a situação.
O Brasil é autossuficiente em produção de Petróleo, mas precisa importar gasolina de países da África, do Oriente Médio e da Venezuela, pois apresenta capacidade limitada de refino do combustível. Somente a Petrobras refina a gasolina e repassa para as distribuidoras.
Na cidade de Iguatu, o preço do combustível é o menor dentre os praticados pelos postos na região Centro-Sul. O preço do litro da gasolina varia entre R$ 2,69 a R$ 2,76; o etanol varia entre R$ 2,29 a R$ 2,32; e o diesel entre R$ 2,12 a R$ 2,15. O preço da gasolina mais caro é em Várzea Alegre, cujo litro custa R$ 3,01.
Para a gerente do posto Shopping, já foi registrada falta de combustível. Ela disse que houve um pequeno aumento do preço da gasolina, direto do fornecedor nesse período, mas o valor não foi repassado para o consumidor final. A média fica em R$ 2,78.
No postos Crajubar, no bairro Triângulo, na entrada da cidade, não tem sido registrada grande movimentação nesse período, mas o frentista ainda calcula uma média de aumento do consumo de até 10%. As variações de preços de um posto para outro, principalmente da gasolina, podem chegar a até R$ 0,7.
Valor
2,76 reais é o preço máximo, em média, cobrado pelo litro da gasolina em postos de Municípios do Centro-Sul do Estado. Há risco de desabastecimento na região.

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