quarta-feira, 7 de março de 2012

Lutas e Conquistas "Dia Internacional da Mulher"



O Blog faz uma matéria especial em homenagem ao dia internacional da mulher, ao mesmo tempo que se congratula e felicita com carinho a todas às mulheres novarussenses, em especial a minha esposa Nilderlânia, minha filha Amandinha, minha mãe Luíza, minha sogra D. Dalva e tantas outras mulheres especiais que contribuíram para uma sociedade mais justa, solidária e humana.

     8 de Março - Dia Internacional da Mulher

Mundialmente vinculada às reivindicações femininas por melhores condições de trabalho, justiça e igualdade social, a passagem do Dia Internacional da Mulher, é um momento de reflexão sobre os abusos históricos contra as mulheres, mas também sobre as conquistas e mudanças sociais conseguidas.

Exemplo da violência recente sofrida pela mulher aconteceu este ano, em Anapu, no Pará, quando a irmã Doroty foi cruelmente assassinada por pistoleiros.

Ela lutava pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia e foi morta barbaramente em defesa dos ideais daqueles qua a tinham como mulher atuante.
Desvincular as lutas e conquistas da mulher a cada ano que passa não é possível, pois a própria criação do Dia Internacional da Mulher surgiu a partir de um episódio trágico, marcado e causado pela histórica repressão das mulheres.


Em 1857, 129 tecelãs de Nova Iorque foram mortas carbonizadas dentro da fábrica onde trabalhavam porque organizaram uma greve por melhores condições de trabalho e contra a jornada de doze horas.

No dia 08 de março de 1857, os patrões e a polícia trancaram as portas e atearam fogo, matando as 129 operárias carbonizadas dentro de uma tecelagem

A manifestação das operárias chamou a atenção na época por ser a primeira greve organizada exclusivamente por mulheres e pela tragédia do desfecho.
Violentamente reprimidas pela polícia, as tecelãs refugiaram-se dentro da fábrica e no dia 8 de março de 1857, os patrões e a polícia trancaram as portas e atearam fogo, matando as 129 operárias carbonizadas.
A sensibilização da sociedade sobre o episódio e pelas causas femininas foram aumentando e foi em 1910 que surgiu a idéia de criar uma data para marcar as questões femininas e lembrar a morte das operárias.
Durante a segunda Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, realizada na Dinamarca, a famosa ativista dos direitos femininos, Clara Zetkin, propôs que o 8 de março fosse declarado como o Dia Internacional da Mulher.
Em 1911, mais de um milhão de mulheres se manifestaram, na Europa e a data passou a ser comemorada no mundo inteiro.

Exploração


O papel da mulher na sociedade começou a mudar a partir da Revolução Francesa (1789), quando as mulheres passaram atuar de forma significativa na sociedade.
Exploração e limitação de direitos marcaram essa participação feminina e aos poucos foram surgindo movimentos pela melhoria das condições de vida e trabalho, a participação política, o fim da prostituição, o acesso à instrução e a igualdade de direitos entre os sexos.
Na segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial a absorção do trabalho feminino pelas indústrias, como forma de baratear os salários, inseriu definitivamente a mulher na produção.
Ela passou a ser obrigada a cumprir jornadas de até 17 horas de trabalho em condições insalubres e submetidas a espancamentos e humilhações, além de receber salários até 60% menores que os dos homens.
As manifestações operárias surgiram na Europa e nos Estados Unidos, tendo como principal reivindicação a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias.
Em 1819, depois de um enfrentamento em que a polícia atirou contra os trabalhadores, a Inglaterra aprovou a lei que reduzia para 12 horas o trabalho das mulheres e dos menores entre 9 e 16 anos.
Foi também a Inglaterra o primeiro país a reconhecer, legalmente, o direito de organização dos trabalhadores, com a aprovação, em 1824, do direito de livre associação e os sindicatos se organizaram em todo o país.
Com as mulheres engajadas nessas causas, muitas conquistas vieram e as poucos a classe feminina foi conquistando mais espaço, provando competência e força de trabalho.
A cada geração as mulheres ficam mais independentes e, mesmo sem grupos organizados, as conquistas continuam. Mais do que uma luta pessoal, as mulheres - com consciência do poder da classe - também estão representadas junto às causas sociais, emitindo opiniões e reivindicando mudanças nos problemas das minorias.
Por quê 8 de Março
Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas.
Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas.
Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher".
De lá para cá o movimento a favor da emancipação da mulher tem tomado forma no mundo inteiro.
Objetivo da celebração de comemoração da data
Pretende-se chamar a atenção para o papel e a dignidade da mulher, levando a consciência e o respeito do valor humano na sociedade.
Assumir a importância que ocupa nos dias de hoje em quase todas as economias do mundo (apesar da submissão em países da África e do Oriente Médio) para se manifestar, contestar, protestar, opinar e lutar contra as limitações e opressões que vêm sendo impostos à mulher.
Em 1917, após a morte de 2 milhões de soldados russos na I Guerra Mundial, mulheres russas protestaram pedindo "Pão e Paz".
Quatro dias depois, o governo provisório da Rússia deu às mulheres o direito de voto.
Esse dia era 23 de Fevereiro pelo calendário Juliano, 8 de Março pelo calendário Gregoriano, usado em praticamente todo o mundo.
Em dezembro de 1977, a Assembléia Geral da ONU proclamou o dia 8 de Março como o Dia Internacional da Mulher, sendo celebrado até hoje em todo o mundo.

                               
A CONQUISTA DA MULHER


A mulher no século passado ultrapassou todas as fronteiras rompendo o limite que o preconceito e a desconfiança do homem a submetiam e rotulavam sua fragilidade, referindo-se como simples objeto, de sexo frágil.

A mulher impôs sua condição de igualdade e ampliou sua área de atuação.

A mulher conquistou espaços na sociedade antes nunca imagináveis.
A mulher Ingressou no mercado de trabalho competindo com o homem, ocupando cargos importantes em empresas e governos, vencendo provas esportivas, tomando decisões políticas representando o nome de seu país, participando de experiências científicas com notoriedade, realizando viagens espaciais, lutando em batalhas militares, dividindo o tempo entre as tarefas do trabalho e do lar, sendo trabalhadora, esposa e mãe.
E sendo mulher.
A consciência da mulher de hoje é coletiva e luta para despir a burka, para acabar com a violência que sofre em casa com seu parceiro, da condição de submissão em certas religiões e de todo preconceito machista.
 A mulher chega ao século XXI, com muita luta, talento e charme, extrapolando a esfera deste planeta para alcançar o universo.
O universo sem limites, sem fronteiras e sem fim ...
 
Mais conquistas
Senado acata projeto de multa a empresa que paga menos a mulher
Por unanimidade, Comissão de Direitos Humanos aprovou em votação final a proposta, que segue para sanção se, em cinco dias úteis, não houver recurso para votação em Plenário. Senadoras celebram avanço na semana de comemoração do Dia Internacional da Mulher
Autor do projeto, o deputado Marçal Filho (C) acompanha a votação na CDH entre os senadores Anibal Diniz e Paulo Paim
o senado aprovou ontem por unanimidade, em votação final na Comissão de Direitos Humanos (CDH), projeto que estabelece multa a empresas que pagarem a mulheres salário menor que pagam para homens que fazem a mesma atividade. O projeto (PLC 130/11) segue agora para sanção se, em cinco dias úteis, não houver recurso para votação em Plenário.

De acordo com o texto, o empregador que descumprir a lei será obrigado a pagar à empregada multa correspondente a cinco vezes a diferença verificada em todo o período da contratação.

Lídice da Mata (PSB-BA), Ana Rita (PT-ES) e Ivonete Dantas (PMDB-RN) saudaram a aprovação da proposta, ressaltando que ela acontece nesta semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, e no ano em que o direito ao voto feminino, estabelecido pelo Decreto 21.076/32, completa 80 anos.

O relator na CDH, Paulo Paim (PT-RS), lembrou que a Constituição federal e a Consolidação das Leis do Trabalho já proíbem a diferença de salário entre homens e mulheres que executam a mesma tarefa, sob as mesmas condições e para um mesmo empregador. O parlamentar assinalou que essas normas legais não têm sido suficientes para impedir que muitas ­trabalhadoras ainda hoje enfrentem discriminação.

Paim elogiou o autor do projeto — deputado Marçal Filho (PMDB-MS), que acompanhou a votação da matéria na CDH — e destacou o fato de a multa proposta não estar sujeita a desatualização monetária e ser revertida em favor da empregada discriminada.

Paim ainda agradeceu a Waldemir Moka (PMDB-MS), relator da matéria na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), pelo esforço para a provação. Moka disse esperar que o texto seja logo sancionado e entre em vigor.

Mesmo elogiando a aprovação do projeto, Ana Rita lembrou desafios ainda enfrentados pelas mulheres brasileiras, como a luta contra a violência
doméstica e pela igualdade na sociedade.

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