quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Promotor do RN gera polêmica ao propor abate de jumentos abandonados para consumo


Na imagem, jumentos confinados para o abate no Rio Grande do Norte. Promotor de Justiça Silvio Brito inicou, em novembro, trabalho com as polícias rodoviárias federal e estadual para recolher os jumentos que circulavam soltos pelas rodovias do Estado

  Divulgação 

Na imagem, jumentos confinados para o abate no Rio Grande do Norte.



O abandono de jumentos nas estradas do Rio Grande do Norte levou Silvio Brito, promotor da cidade de Apodi (337 km de Natal), a propor o abate dos animais pra consumo. Segundo reportagem exibida pelo "Jornal Nacional" em março deste ano, estima-se que na região existam cerca de 20 mil animais abandonados – que foram substituídos por motos. Em Apodi, a fazenda APA (Associação de Proteção aos Animais) abriga cerca de 900 animais.

À espera de adoção, os bichos são mantidos pelo poder judiciário no local e custam R$ 1,50 por dia - R$ 40.500,00 por mês. O abrigo foi fundado em outubro de 2013, após um levantamento do MPE (Ministério Público Estadual), que verificou que a PRF (Polícia Rodoviária Federal) estava com problemas para destinar os animais apreendidos nas estradas por causa da alta demanda de apreensões. A proposta de Brito gerou polêmica entre moradores da região, defensores de animais e também de vegetarianos.

O assunto virou pauta no programa de Fernando Gabeira, na Globo News, que abordou questões a respeito da industrialização e exportação desses animais.  Em depoimento, Brito, que chegou a oferecer um almoço experimental para trezentas pessoas, declarou que quem experimentou a carne ficou deslumbrado com o fato de conviver há tantos anos com esses animais e não saber que seu gosto é tão bom. "A nossa ideia é difundir às pessoas que a carne de jumento é própria para consumo, no intuito de retirar esses animais das rodovias", explica o promotor.

Segundo a sugestão de Brito, a carne seja servida inicialmente ao sistema prisional. Depois seria incluída em cardápios de escolas e hospitais. O abate de jumentos para consumo é previsto por lei desde que realizado em um estabelecimento credenciado pelos institutos de inspeção sanitária. Mas muitos ambientalistas e veterinários acham que os animais podem ter outra destinação. O médico veterinário Genecleiton Almeida, mestre em segurança alimentar e saúde pública pela Universidade de Lisboa, em Portugal, também defende que a carne de jumento faça parte do cardápio dos brasileiros.


Fonte: BOL

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