segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Delator detalha R$ 1,2 bilhão em propina para PT e executivos

pacotedinheiro


Os 89 maiores contratos da Petrobras foram a fonte para um volume total de propina que chega a R$ 1,2 bilhão, segundo valores contidos em planilha entregue aos procuradores da Operação Lava Jato por Pedro Barusco, ex-gerente da petroleira, e corrigidos pela inflação do período. Os contratos listados por Barusco somam R$ 97 bilhões. O suborno equivale a 1,3% deste valor. 

Em depoimento que prestou após acordo de delação premiada, o ex-gerente citou que a propina variava de 1% a 2% do valor contratado. A tabela de cinco páginas detalha em que acertos houve propina, quem pagou, o nome do intermediário, em que data e como o dinheiro foi dividido entre o PT, o ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, o ex­diretor de Serviços, Renato Duque, e o próprio Barusco.

Duque ocupou o cargo por indicação do PT, o que seus advogados negam. No acordo que assinou, Barusco se comprometeu a devolver US$ 97 milhões que recebera de suborno. De acordo com a planilha, o PT ficou com a maior parte dos recursos: R$ 455,1 milhões, equivalente hoje aUS$ 164 milhões. O partido nega ter recebido doações ilegais.


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