“É um esforço fiscal considerável. É o maior contingenciamento feito no Brasil nos últimos anos, mas programas prioritários foram preservados”, disse o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, em entrevista coletiva para comentar o contingenciamento.
A Reuters antecipou mais cedo nesta sexta-feira o valor total dos cortes, parte do esforço da equipe econômica do governo Dilma Rousseff para melhorar as contas públicas. O montante anunciado ficou em linha com a mediana das estimativas de economistas consultados pela Reuters, mas eles avaliam que a redução das despesas será insuficiente para que o governo atinja a meta de superávit primário de 66,3 bilhões de reais, ou 1,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
A dotação orçamentária do PAC saiu de 64,9 bilhões para cerca de 39,3 bilhões de reais. O programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, que faz parte do PAC, teve os recursos neste ano diminuídos para cerca de 13 bilhões de reais, ante 18,6 bilhões reais, segundo Barbosa.
Ainda assim, o ministro afirmou que “as obras estruturantes continuam”, citando obras de duplicação de rodovias e a conclusão da ferrovia Norte-Sul.
“Em períodos de dificuldade fiscal, faz parte adequar o cronograma de investimentos, de forma compatível com o esforço fiscal que o governo tem”, acrescentou.
No caso do Minha Casa, Minha Vida, Barbosa disse que os recursos são suficientes para pagamento das obras em estágio avançado e para o lançamento de uma terceira fase do programa habitacional no segundo semestre. Obras de imóveis que tenham menos de 70 por cento de execução terão o cronograma adequado.
O orçamento na Educação, tema do slogan “Pátria Educadora” lançado por Dilma no discurso de posse para o segundo mandato, foi diminuído em 9,4 bilhões de reais ante a estimativa anterior, enquanto na Saúde houve redução de 11,8 bilhões de reais, divulgaram os ministérios do Planejamento e da Fazenda.
MAIS PROJEÇÕES
O governo federal prevê receita líquida de 1,158 trilhão de reais em 2015 e fixou despesa primária no Orçamento em 1,103 trilhão de reais.
A projeção para o Produto Interno Bruto neste ano passou a retração de 1,2 por cento, ante estimativa de queda de 0,9 por cento. O governo vê a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subindo 8,26 por cento em 2015.
(Por Luciana Otoni)

Dilma diz que críticas de Marta Suplicy ao PT “é falta de piroca


QUE BAIXARIA
entrevista da senadora Marta Suplicy (PT) ao jornal O Estado de São Paulo, na qual ela critica a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, ainda tem causado mal estar entre membros do governo.
A senadora, na entrevista referida, também criticou o presidente do PT, Rui Falcão, o que gerou gritinhos afeminados de petistas de várias laias Brasil a fora.
Na tarde de hoje a presidente Dilma Rousseff decidiu comentar as declarações da ex-ministra: “Eu acho que essa indignação da Marta é falta de piroca, no que se refere à pessoa ficar irritada. Eu acho muito importante o debate e acredito que ela deveria procurar um tratamento urgente e, como ela mesma declarou certa vez relaxar e gozar”.
As declarações da presidente repercutiram entre parlamentares petista, suscitando manifestação do ex-senador Eduardo Suplicy, que chegou a dizer com exclusividade à nossa reportagem que “se o problema for esse mesmo eu resolvo para relembrar os velhos tempos”.
Ciro diz que Brasília está dominada por "gatunos e incompetentes
Atual presidente da Transnordestina, o ex-ministro Ciro Gomes (Pros) fez duras críticas à política brasileira nesta sexta-feira, 22, durante evento da Revista Carta Capital, em São Paulo. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Ciro afirmou estar em fase “detox” da política e disse que Brasília “está dominada por uma coalizão de gatunos e incompetentes”.

Sobre o Congresso, o ex-ministro da Integração Nacional afirmou que há “ladrões convocando CPIs e bandidos acusando gente séria de ser bandido”. Ele poupou a presidente Dilma Rousseff (PT) das críticas, afirmando que a petista é “exceção, porque é honrada e tem espírito público”.

Sobre seu futuro político, Ciro reafirmou estar em fase “detox” na carreira, “dando folga aos eleitores”. “Agora pertenço ao mundo empresarial, mas eu nunca me supus um porco capitalista”, brincou Ciro, atualmente executivo na Transnordestina, subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

Ex-governador do Ceará e ex-ministro, Ciro Gomes não disputa eleições desde 2006, quando foi eleito deputado federal pela última vez. Na época, se disse “decepcionado” com a Câmara e teve altas taxas de ausência na Casa. Ele chegou a ser cogitado para disputar pelo Senado em 2014, o que significaria uma renúncia prematura do irmão, o então governador Cid Gomes (Pros).

Planejamento 


Durante um painel sobre as exportações no Brasil, Gomes criticou a falta de planejamento. "O Brasil não tem agenda", disse. "No Ceará, qualquer bodega tem um projeto, mas o Brasil não tem projeto", declarou. Ele ainda criticou os atuais níveis da taxa de juros básica do Brasil.

"A rentabilidade dos papeis do governo é mais alta que a rentabilidade média dos negócios e é por isso que os investimentos no Brasil estão parados