quinta-feira, 6 de junho de 2013

Excelentes artigos do Jornalista Scarcela

Scarcela Jorge (comentário)
DESPERDÍCIO DA MOEDA
O Estado brasileiro, incluídos a União, as unidades federativas e os municípios, além dos poderes Judiciário e Legislativo perdeu a capacidade de planejar e, consequentemente, de definir prioridades. Em vista disso, emprega mal os recursos que o contribuinte lhe entrega, ora desviando-os para fins secundários, ora gerenciando-os de forma péssima, irresponsável ou até desonesta. Governo após governo, essa tem sido a sina histórica do país: todos reconhecem as deficiências, todos reclamam da falta de verbas, mas nenhum atribui às suas próprias más gestões os precários serviços que entregam à população. É certo que a Constituição Federal estabeleceu limites mínimos de gastos orçamentários em setores como educação e saúde; é certo também que a legislação infraconstitucional obriga os gestores públicos a não gastar mais do que arrecadam, como preconiza, por exemplo, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ao tribunal e os tribunais pertinentes tem por ação fiscalizar o cumprimento dessas imposições legais e a regularidade dos procedimentos administrativos. Entretanto, tais formalidades, embora indispensáveis, não são o remédio único e eficaz para curar este mal. Somados às obrigações constitucionais os gastos com a folha de servidores e com o custeio da máquina, os orçamentos apresentam pouca ou nula sobra para aplicação em investimentos estruturantes. E essa é uma das razões para que, com gargalos logísticos crescentes e nunca enfrentados, os governos que se sucedem têm mantido o país paralisado em termos de desenvolvimento. Reformas importantes, como a tributária, a política e a trabalhista, são sempre indefinidamente adiadas. O resultado de tais deficiências se evidencia de forma clara nos nossos “PIB-INHOS” – índices medíocres de crescimento da riqueza, inferiores até à expansão demográfica, o que se traduz no empobrecimento per capita. Sem falar, claro, que mesmo naqueles setores protegidos por verbas carimbadas pela Constituição, como saúde e educação, seus resultados quantitativos e qualitativos são igualmente sofríveis e altamente comprometedores do nosso futuro. Poucos países do mundo retiram tanto dinheiro de sua população contribuinte quanto o Brasil; aqui, de tudo quanto se produzem, 36% são recolhidos às burras governamentais. O que significa que não é exatamente por falta de recursos que o Brasil capenga – mas por falta de planejamento adequado, de definição de prioridades e de gestão eficiente e honesta. Somos vítimas eternas do populismo, do imediatismo político, da irresponsabilidade e do desperdício com que o dinheiro público é costumeiramente tratado. Portanto, tanto quanto fiscalizar e até mesmo punir os maus administradores, construir o país que queremos requer mudanças culturais e de costumes. Nesse sentido, o voto consciente para premiar os competentes e honestos e para punir os maus será sempre o remédio mais diligente e não há alternativa para este caso.
Antônio Scarcela Jorge.

Com nova Lei dos Portos, governo começa a leiloar terminais públicos em Santos e no Pará.
Com a sanção da Lei dos Portos, publicada nesta quarta-feira (5) no Diário Oficial da União, o governo espera dar início ao processo de concessão de terminais públicos sob as novas regras na primeira quinzena de julho, com a publicação dos estudos do primeiro bloco. No primeiro lote, que deve ir a leilão em outubro, serão licitados 52 terminais do Porto de Santos e da Companhia de Docas do Pará, 26 de cada. A expectativa do governo é atrair R$ 2 bilhões de investimentos nos leilões. De acordo com a chefe da Casa Civil, ministra Gleisi Hoffmann, (foto) mais três blocos de terminais serão licitados em seguida: a segunda etapa terá 43 terminais dos portos de Salvador, Aratu e Paranaguá; o terceiro bloco, com 36 terminais nos portos de Suape, Itaqui e demais portos do Norte e Nordeste; e o último, com 28 terminais de Vitória, Rio de Janeiro, Itaguaí, Rio Grande e São Francisco do Sul. — A meta é que os arrendamentos tenham licitações publicadas até janeiro de 2014. Já as autorizações para novos terminais deverão ser apresentados em outubro, informou Gleisi. Pelos pedidos apresentados até agora à Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), o governo calcula que haverá investimentos de pelo menos R$ 26 bilhões nessa fase. Ao explicar os dez vetos feitos pela presidenta Dilma Rousseff ao texto da lei aprovado pelo Congresso Nacional em maio, Gleisi disse que a decisão levou em conta todos os acordos feitos entre governo, trabalhadores e relatores da proposta na Câmara dos Deputados e no Senado. — Não quebramos nenhum acordo, tudo que foi acordado entre governo e trabalhadores. O relator está sendo sancionado pela presidenta da República. Os vetos foram feitos para garantir o objetivo principal da lei, que era garantir a abertura e a competitividade do setor e afastar qualquer insegurança jurídica.
Fonte: Agência Brasil.
Opinião:
“Quem ti viu, quem ti vê”.
‘não entramos no mérito da ação.
- O que nos faz transparecer – “é a maneira disfarçada das privatizações do atual governo” – em contrariedade a ideologia petista quando oposição; repudiava!

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