sábado, 28 de maio de 2022

EM MENOS DE UM MÊS, NÚMERO DE MORTES POR CHIKUNGUNYA NO CEARÁ QUASE DOBRA

 



O número de mortes causadas pela chikungunya no Ceará saltou de seis para 11 entre as semanas epidemiológicas 17 e 20, no intervalo de 24 de abril a 21 de maio. Percentualmente, o crescimento chega a 83%. A informação consta no mais recente Boletim de Arboviroses do Estado, que será divulgado na próxima segunda-feira, 30, e foi antecipada pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). No período analisado, também houve o registro de quatro mortes por dengue. As duas doenças tem como vetor o mosquito Aedes aegypti, também transmissor do zika vírus.

De acordo com o documento, entre 1º de janeiro e 21 de maio deste ano, o Ceará notificou 68,5 mil casos suspeitos de arboviroses, sendo 38,2 mil registros de dengue, 29,5 mil de chikungunya e 765 de zika.

O número de confirmações, no entanto, foi quase quatro vezes menor: 17,5 mil casos – 6.956 (dengue), 10.569 (chikungunya) e 8 (zika). Em relação ao boletim divulgado no mês anterior, houve aumento de 87% nas notificações e de 165% no total de casos confirmados.

Segundo a Sesa, entre abril e maio o Ceará contabilizou mais cinco óbitos por chikungunya, ante a seis que haviam sido confirmadas até a semana epidemiológica 16. No total, foram cinco ocorrências em Barbalha, quatro em Juazeiro do Norte, uma em Fortaleza e uma em Boa Viagem. As vítimas tinham idades entre 21 e 93 anos, sete do sexo masculino e quatro mulheres. Em 2021, o Ceará não havia registrado mortes em decorrência da doença.

Além do aumento nas mortes provocadas pela chikungunya, o boletim mais recente também trouxe o registro de quatro mortes por dengue, duas em Quixadá, uma em Aratuba e a outra em Massapê. Os óbitos ocorreram entre 1º de março e 1º de maio e envolviam pessoas de 2 a 52 anos de idade.

No ano passado, nenhuma morte por dengue havia sido registrada no Estado. Segundo a Sesa, em 2022 já foram confirmados 44 casos de dengue com “sinais de alarme” — sintomas moderados, sem necessidade de internação — e cinco casos graves, quando há hospitalização devido aos sintomas mais agudos.

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