Governadores recuam e decidem congelar ICMS dos combustíveis por mais 60 dias
Nesta
quarta-feira (26), os governadores recuaram e decidiram prorrogar por
mais 60 dias o congelamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS) dos combustíveis.
O
prazo estabelecido para o congelamento era entre 1º de novembro de 2021
e 31 de janeiro de 2022 e há duas semanas os gestores anunciaram que
não seria prorrogado. A questão, todavia, não é consenso entre os chefes
de Executivos estaduais.
Em
nota, eles também cobram do Governo Bolsonaro a mudança na política de
paridade internacional nos preços dos combustíveis praticada pela
Petrobras.
“Esta
proposta traduz mais um esforço com o intuito de atenuar as pressões
inflacionárias que tanto prejudicam os consumidores, sobretudo no
tocante às camadas mais pobres e desassistidas da população brasileira,
enfatizam a urgente necessidade de revisão da política de paridade
internacional de preços dos combustíveis, que tem levado a frequentes
reajustes, muito acima da inflação e do poder de compra da sociedade”,
diz a nota dos governadores.
Até
o momento, 21 dos 27 governadores haviam assinado o documento. Entre
eles, opositores, como os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e
do Maranhão, Flávio Dino (PSB), e aliados, como o de Minas Gerais,
Romeu Zema (Novo), e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).
Os
governadores e Bolsonaro vêm travando um cabo de guerra com relação ao
preço dos combustíveis. O mandatário do país culpa os estados,
responsáveis pela cobrança do ICMS, enquanto os governadores afirmam que
o problema está na política de repasse de preços internacionais do
petróleo.
Bolsonaro, inclusive, anunciou na última semana que vai apresentar uma PEC para baixar o preço dos combustíveis.
O
governador do Piauí, Wellington Dias (PT), coordenador do Fórum
Nacional dos Governadores, vem defendendo pública e frequentemente a
aprovação do Fundo para Equalização do Preço dos Combustíveis, que está
no Senado.
De acordo com ele, se a medida for aprovada imediatamente, o valor da gasolina pode cair de R$ 7 para R$ 5.
(Gazeta Brasil)
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