No PSDB de João Doria e Eduardo Leite, ajudaram a aprovar a emenda 78,5% dos deputados presentes. No PDT de Ciro Gomes, o governo amealhou 71,4% dos votos. No PSD de Rodrigo Pacheco, 85% dos deputados disseram "sim" à emenda. No Podemos, legenda que oferece abrigo a Sergio Moro, o Planalto obteve 55% dos votos. O PT de Lula votou 100% contra a PEC que permitirá a Bolsonaro colocar em pé o novo Bolsa Família de R$ 400, benefício válido apenas até 31 de dezembro do ano eleitoral de 2022.
A PEC que abre espaço no orçamento para Bolsonaro gastar autoriza o governo a dar o calote em parte de suas dívidas judiciais, parcelando-as. E reforma o teto de gastos, criando a laje para suportar as despesas extraordinárias. Usado como álibi para a irresponsabilidade fiscal, o benefício social a ser pago aos brasileiros pobres poderia ser financiado de outra maneira -cortando emendas secretas de parlamentares, por exemplo. Ou reduzindo benefícios tributários de R$ 321 bilhões inseridos no Orçamento de 2022. O próprio Bolsonaro declarou que dispunha de um "plano B".Além do Bolsa Família em versão eleitoral, a PEC servirá para financiar um Bolsa Caminhoneiro de quase R$ 4 bilhões e uma nova rodada de emendas orçamentárias secretas para os parlamentares em 2022, estimada em R$ 20 bilhões. Para seduzir os deputados, o Planalto mandou que os ministérios abrissem os cofres, liberando emendas pendentes de 2021. Antes de ser enviada ao Senado, a PEC da reeleição precisa passar por um segundo turno na Câmara. Estão pendentes de análise também oito requerimentos para modificar o texto, os chamados destaques. A votação deve ser concluída na próxima terça-feira.
Antes do início votação desta quinta-feira, os líderes dos partidos orientaram suas bancadas. A orientação do PSDB recomendou que os tucanos votassem a favor. Dos 28 deputados presentes, 22 votaram "sim". A maioria dos tucanos que estenderam a mão para Bolsonaro apoia a candidatura do governador gaúcho Eduardo Leite. Partidários de João Doria, os seis tucanos da bancada de São Paulo que levaram a cara ao painel eletrônico votaram contra a emenda.
A orientação da liderança do PDT de Ciro Gomes também recomendou à sua bancada que aprovasse a proposta. Dos 21 presentes, 15 votaram a favor. No PSD de Gilberto Kassab, que lançou a candidatura presidencial do chefe do Senado Rodrigo Pacheco, 29 dos 34 deputados presentes seguiram a orientação de aprovar a PEC que interessa a Bolsonaro.
No Podemos de Sergio Moro, a liderança recomendou a rejeição da emenda. Mas cinco dos nove deputados presentes votaram a favor. O MDB, que ensaia o lançamento da candidatura presidencial da senadora Simone Tebet, também encaminhou posição contrária. Entretanto, dez dos seus 23 votos foram computados a favor do governo.
Blog - Em tempo o governo federal tem a chave do cofre, é evidente que foram distribuídos benefícios aos deputados que votaram pela aprovação em primeiro turno da PEC dos precatórios. As emendas liberadas são o combustível para os deputados sustentarem e ampliarem suas bases visando às eleições do ano que vêm. Todos os governos usam desse artifício, artimanha para aprovarem matérias de seus interesses.Tanto os deputados que integram a base como os deputados de oposição, exceto PT e assemelhados evidentemente foram contrários. Confira, como os deputados cearenses votaram na PEC dos precatórios:
DEM (orientação: Sim)
- Aníbal Gomes - Sim
MDB (orientação: Não)
- Moses Rodrigues - ausente
PDT (orientação: Sim)
- André Figueiredo - Sim
- Eduardo Bismarck - Sim
- Idilvan Alencar - Não
- Leônidas Cristino - Sim
- Robério Monteiro - Sim
PL (orientação: Sim)
- Dr. Jaziel - Sim
- Júnior Mano - Sim
PP (orientação: Sim)
- AJ Albuquerque - Sim
Pros (orientação: Sim)
- Capitão Wagner - Sim
- Vaidon Oliveira - Sim
PSB (orientação: Não)
- Denis Bezerra - Não
PSD (orientação: Sim)
- Domingos Neto - Não
PSDB (orientação: Sim)
- Danilo Forte - ausente
PSL (orientação: Sim)
- Heitor Freire - Sim
PT (orientação: Não)
- José Airton - ausente
- José Guimarães - ausente
- Luizianne Lins - Não
PTB (orientação: Sim)
- Pedro A Bezerra - Não
PV (orientação: Não)
- Célio Studart - Não
Solidariedade (orientação: Sim)
- Genecias Noronha - Sim
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