CCom iniciativa da vereadora licenciada Rejane Tavares que é mãe de
autista, foi realizado pela primeira vez em Nova Russas, evento sobre o Dia Mundial de Conscientização do Autismo.
Rejane resolveu encampar essa causa não somente por ser mãe de autista, mas, pelo espírito humano de sensibilizar à sociedade sobre os preconceitos, falta de conhecimento sobre o problema psiquiátrico e ausência de política pública sobre essa questão. Houve a mobilização de amigos, entidades, instituições, pais e familiares de autistas, nesta primeira edição. A vereadora garantiu que ano que vem promoverá em parcerias, um evento de maior visibilidade, porque trata-se de uma causa social e de amor ao próximo.A família azul neste primeiro momento, objetivou transmitir informação e prestar auxílio elementar aos pais de autistas.
A programação foi marcada por uma caminhada no centro da cidade, com a culminância do evento no Núcleo de Artes e CCultura, ocasião em que foi oferecido lanches, brinquedos e uma roda de conversa com psicopedagogos, médicos, psicólogos e assistentes sociais. Os vereadores Teixeira e Hudson Guilherme que é deficiente, também participaram do evento estreante.
Dia Mundial da Conscientização do Autismo: o preconceito ainda persiste

Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) indicou que uma a cada 160 crianças é autista
Hoje é comemorado o Dia Mundial da
Conscientização do Autismo e o início do Abril Azul — mês de luta pelos
que vivem com o transtorno. Mesmo com o esforço pela causa, as barreiras
ainda são grandes. Segundo especialistas, o preconceito e a
discriminação são os maiores problemas enfrentados por autistas e suas
famílias. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) indica que,
atualmente, a cada 160 crianças, uma tem o diagnóstico.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o
número de crianças de 0 a 13 anos no Brasil é de 38,5 milhões. Ao
aplicar o índice da Opas, cerca de 241 mil crianças seriam autistas no
país. A estimativa, contudo, é que o número seja muito maior, chegando,
de acordo com especialistas, a 2 milhões de brasileiros. A causa para a
discrepância dos dois dados é a dificuldade em se obter o diagnóstico do
Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Para o professor doutor em educação, especialista em autismo, Eugênio Cunha,“É mito falar que o autismo é uma doença. É um transtorno. Também é
falso dizer que o autista não tem afetividade e que não gosta de
pessoas”, afirmou. Além disso, o professor frisou que o autismo pode
melhorar ao longo da vida e do tratamento. “Ele aprende
independentemente do nível do comprometimento. A questão é como ensinar.
Ele tem empatia e suas próprias dimensões afetivas, mas a sociedade tem
que entender essa maneira de se expressar que o autista tem”,
ressaltou. Os principais sintomas são a dificuldade de interação social,
dificuldade de comunicação, e “forma literal de agir”, infle
xível, com
baixa aceitação de mudanças na rotina.
Afirmou ainda que o sistema de saúde tem problemas para atender os que
sofrem com o transtorno. “A saúde tem ações e papéis legais. O autista
tem maior respaldo para ser atendido na saúde, na educação, mas, por
outro lado, os profissionais ainda não estão preparados para receber um
autista”, explicou.
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