segunda-feira, 18 de março de 2019

Sem coligações, número de candidatos a vereador deve aumentar em 2020

Resultado de imagem para disputa será acirrada sem coligações para 2020

As eleições municipais de 2020 trarão uma mudança que promete provocar uma verdadeira “revolução” no quadro político partidário do País, com reflexos diretos na disputa pelo poder nos municípios. Pela primeira vez, as siglas estarão proibidas de realizar as chamadas coligações proporcionais para candidatos a vereador. Com isso, a previsão é de que aumentem não só o número de concorrentes à Câmara Municipal, mas também à prefeitura.
O fim das coligações foi aprovado na reforma política votada pelo Congresso em 2017. O objetivo é impedir que um partido “transfira” votos para candidatos de outras legendas, com votação inferior por estarem coligados. Até então, o mecanismo permitia que siglas menores se juntassem a outras para conseguirem emplacar seus candidatos. Sem ele, os partidos terão que se virarem sozinhos, o que a princípio, beneficiariam as agremiações maiores, mais tradicionais e organizadas, consequentemente os candidatos mais competitivos e com poder financeiro maior.
Diante das novas regras, as legendas que quiserem entrar na disputa terão que apresentar suas próprias chapas à Câmara. O que deve levar também ao aumento do número de concorrentes as prefeituras, já que os partidos que não disputarem a eleição majoritária com nomes próprios perderão visibilidade. Além disso, os candidatos dos grandes partidos terão pouco a oferecer para atrair outras siglas para uma coligação na disputa pelo Executivo, apesar dessas alianças para a eleição de prefeito continuar sendo permitida.
“A tendência é a disputa de mais candidatos. Alguns defendem uma versão de que os partidos pequenos sairiam perdendo. Agora a versão é de que quem tiver chapa vai sair fortalecido, independente de ser pequeno ou grande.
A situação para o cargo de executivo deve mudar no ano que vem com o fim das coligações, já que os candidatos a prefeito de legendas tradicionais ou com maior potencial de votos terão dificuldades para atrair o apoio de outras siglas sem a contrapartida da aliança para a disputa pelas cadeiras no Legislativo. A dificuldade será ainda maior para os candidatos ao cargo proporcional se estes de determinada sigla não tiverem ou apoiarem nenhum candidato a prefeito, o campo ficará praticamente minado, inviabilizando qualquer possibilidade de eleitos. 

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