Saiba quanto custa gerar energia solar em casa para diminuir a conta de luz

Módulos fotovoltaicos sobre um prédio de Fortaleza. Foto: Natinho Rodrigues/ Diário do Nordeste

O Brasil tem sofrido com problemas na geração de energia, e isso já está refletindo em aumentos tarifários do consumo de energia elétrica. Questões como a inflação também prometem modificar esses custos. Riscos como déficit de energia também são reais. Para não sofrer com esse cenário, uma solução pode ser a microgeração de energia. Assim, a residência pode produzir a energia que consome, totalmente ou parcialmente.

Existem muitos métodos possíveis, sendo os mais conhecidos, os aerogeradores (energia eólica) e as placas fotovoltaicas (energia solar). Considerando a importância de reduzir o processo de aquecimento global, métodos de geração de energia de forma renovável tornam-se uma ótima alternativa.

O Brasil é um país com uma ótima taxa anual de insolação. Esse potencial é possível porque o sol incide durante praticamente todo o ano no País. No Nordeste, isso fica ainda mais evidente, já que as estações do ano não costumam ser muito bem definidas, e o sol brilha o ano todo. Dessa forma, relacionamos os custos para implantação de um projeto de geração de energia solar, através de placas fotovoltaicas. Envolvendo despesas para o estudo da área, compra dos equipamentos e instalação deles.

Energia solar sendo gerada no distrito de Taperuaba em Sobral.
Foto: Cristiane vasconcelos/ Diário do Nordeste

Analisamos os orçamentos de três empresas de Fortaleza, para um projeto que contemplasse umconsumo médio de 265 kWh. Dessa forma, a conta de energia seria abatida em quase sua totalidade, mantendo a produção abaixo do consumo mínimo de 30, 50 ou 100 kWh - dependendo do tipo circuito da residência (monofásico, bifásico ou trifásico, respectivamente) – por mês estabelecido pela Coelce. Os projetos variam em preço e também em quantidade de painéis solares. Alguns casos porque o pacote mínimo da empresa precisava de mais placas fotovoltaicas, superando inclusive a meta da quantidade de energia a ser suprida.

Confira os orçamentos:

- A primeira empresa apresentou um orçamento médio de R$ 18 mil. Seriam necessárias seis placas fotovoltaicas, que produziriam um sistema com potência instalada de 1,5 kW e ocupariam uma área de10m². Geralmente a garantia das placas é de 25 anos, com um funcionamento de no mínimo 80% da capacidade de geração do equipamento. Já outros equipamentos como inversores (que convertem a corrente contínua produzida em alternada para ser consumida) e cabos, tem períodos de garantia menores.

- A segunda empresa tem em seu menor kit um custo médio de R$ 32 mil e conta com a instalação de12 placas, o que totalizaria 19m² de espaço necessário. Esse sistema produz 400 kWh por mês e agarantia para as placas é de 20 anos, com uma produtividade mínima de 80% da capacidade de produção energética.

- A terceira empresa indicou o seu sistema mínimo, que conta com uma potência instalada de 1,5 kW. Para esse projeto são necessárias seis placas e eleas ocupam uma área de aproximadamente 15m². Esse sistema custa a partir de R$ 14.800. A garantia das placas é de 25 anos, com uma produtividade mínima de 80% da capacidade de produção energética.

Foto: Divulgação

É importante lembrar que essas são estimativas médias para o orçamento. De acordo com as condições e necessidades de cada local para ser instalado, o preço pode mudar. O projeto deve pagar o seu próprio custo, através da economia na conta de energia elétrica, em aproximadamente 6 anos. Por fim, o sistema de geração de energia também está sendo tributado pelo ICMS, PIS e Cofins. Ou seja, é necessário pagar o imposto duas vezes, uma pela geração da energia do microgerador e outra pelo consumo de energia. O pagamento varia de empresa para empresa, mas é possível parcelar e financiar a implantação do projeto de geração de energia.

Simule o sistema ideal para sua residência:

Com o intuito de estimar o projeto de energia mais adequado para cada residência, o Instituto Ideal, em parceria com a Cooperação Alemã para o desenvolvimento, criou o simulador de energia solar.  Neste o usuário insere a localização onde está o imóvel, a distribuidora de energia da cidade, o tipo de conexão com a rede (monofásico, bifásico ou trifásico), o consumo de energia no mês e o valor da conta correspondente. Depois disso será estimado o projeto mais adequado para suprir a demanda energética e como ficará a conta de energia com o uso do sistema. Esse simulador é ideal para aqueles que querem ter uma noção inicial da diferença que a geração de energia faz na conta de energia. Contudo, ainda é preciso fazer contato com uma empresa especializada para descobrir os custos para o estudo da área, instalação e compra dos equipamentos, além de ter uma noção mais exata do sistema ideal para o local.