A
violência que faz estrago na vida de milhões de brasileiros aumenta e
gera pânico entre moradores de pequenas, médias e grandes cidades do
Ceará. Os números oficiais justificam o clima de intranquilidade e medo:
entre os dias primeiro de janeiro e 31 de abril deste ano, a Região
Metropolitana de Fortaleza registrou, pelo menos, 873 assassinatos.
Mortes à bala. São crianças, jovens, adolescentes, adultos, mães e pais
de famílias que perderam a vida em meio à onda de violência marcada pela
insegurança e impunidade. As estatísticas mostram que, a cada ano,
cresce o número de homicídios no Ceará. Entre janeiro e abril deste 2013, a marca de pessoas que já morreram
assassinadas a bala em Fortaleza e Região Metropolitana (RMF) chegou a
873 registros. No mesmo período de apenas dois anos atrás, foram 537
homicídios a bala. No ano passado, janeiro a abril somou 751 mortes a
bala.
Na conta, sempre com os quatro meses como referência,
são exatas 336 mortes a mais a tiros cometidas na comparação de 2011
para 2013. A alta chega a 62,5%. Todas as comparações são para pior. São
84 mortes a mais de média para cada mês do quadrimestre. Os índices
ainda aterrorizam mais na contagem de mortes a tiros por dia: morriam
quatro (exatos 4,4); agora morrem sete (exatos 7,2) a cada 24 horas.
Os números aumentam com os crimes registrados no interior, principalmente nas regiões do Jaguaribe e Cariri. A carnificina nestes quatro meses ultrapassa 1.000 assassinatos. E os dados oficiais do Governo
do Estado revelam, ao mesmo tempo, que nunca se investiu tanto em
segurança pública quanto nos últimos seis anos. Os investimentos foram e
continuam sendo realizados, houve aumento no número de policiais,
ampliação da frota de veículos e construção de novas delegacias. Se
existe tantos investimentos, o que está dando errado na política de
segurança pública do Governo do Estado? A pergunta é feita por milhares
de cearenses.
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