Escassez de combustíveis em Nova Russas deixa postos em alerta
Com o
aumento da demanda provocado pelo crescimento de automoveis, começa a
faltar combustível em vários postos no Cariri. A alta no consumo,
impulsionada pelo período de ferias e romarias, ocorrem o
estrangulamento do terminal do Porto do Mucuripe e a demora na chegada
de navios abastecedores, provocando a irregularidade e escassez dos
produtos.
Apesar da
falta de combustíveis, ainda não houve aumento no preço do produto nos
últimos seis meses. Em Fortaleza, no Porto do Mucuripe, desde sábado
passado, que a fila de caminhões tanques se estende. A espera para
abastecimento nos terminais ultrapassa três dias.
Empresarios
de postos estao indo buscar combustível em Pernambuco e na Bahia em um
esforço para evitar a falta do produto para os clientes. "A Petrobras
não agiu, não fez nada e a situação está piorando. É tortura diária
atrás de gasolina".
Na cidade
de Várzea Alegre, os empresários do setor encontram a mesma dificuldade de
donos de postos sem bandeira (livres) para obter os derivados do
petróleo e o etanol. O combustível vem do Porto de Suape, em
Pernambuco. Em Fortaleza, as dificuldades são enormes".
Muitos
empresários antecipam o envio de caminhões tanques, como estratégia para
evitar o desabastecimento. "Antes, a gente só fazia o pedido e
despachava o caminhão, três dias antes do produto acabar nos tanques,
mas agora temos que antecipara o pedido e o pagamento", disse um gerente
de posto.
A
assessoria de Imprensa do Sindicato dos Revendedores de Combustível do
Ceará (Sindipostos) confirmou a existência da crise parcial de
desabastecimento tanto em Fortaleza, quanto no Interior. O problema é
decorrente do atraso na chegada e descarregamento de navios no Porto do
Mucuripe que está congestionado e aumento significativo da demanda.
Houve ainda, remessa de carga de gasolina em desconformidade com o
padrão do combustível que é distribuído no Brasil com a adição de
etanol.
O
Sindipostos confirmou que a preferência na distribuição de combustível é
para os postos que têm bandeira, isto é, há contrato com as
distribuidoras. As empresas livres enfrentam mais dificuldades para
adquirir o produto.
Ainda de
acordo com o sindicato, a partir de hoje a distribuição deve começar a
se normalizar. A direção do órgão vai permanecer acompanhando a
situação.
O Brasil é
autossuficiente em produção de Petróleo, mas precisa importar gasolina
de países da África, do Oriente Médio e da Venezuela, pois apresenta
capacidade limitada de refino do combustível. Somente a Petrobras refina
a gasolina e repassa para as distribuidoras.
Na cidade
de Iguatu, o preço do combustível é o menor dentre os praticados pelos
postos na região Centro-Sul. O preço do litro da gasolina varia entre R$
2,69 a R$ 2,76; o etanol varia entre R$ 2,29 a R$ 2,32; e o diesel
entre R$ 2,12 a R$ 2,15. O preço da gasolina mais caro é em Várzea
Alegre, cujo litro custa R$ 3,01.
Para a
gerente do posto Shopping, já foi registrada falta de
combustível. Ela disse que houve um pequeno aumento do preço da
gasolina, direto do fornecedor nesse período, mas o valor não foi
repassado para o consumidor final. A média fica em R$ 2,78.
No postos
Crajubar, no bairro Triângulo, na entrada da cidade, não tem sido
registrada grande movimentação nesse período, mas o frentista ainda
calcula uma média de aumento do consumo de até 10%. As variações de
preços de um posto para outro, principalmente da gasolina, podem chegar a
até R$ 0,7.
Valor
2,76 reais
é o preço máximo, em média, cobrado pelo litro da gasolina em postos de
Municípios do Centro-Sul do Estado. Há risco de desabastecimento na
região.
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