A indústria de alimentos no Ceará faturou R$ 17 bilhões em 2024. É o que revela o relatório anual da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), divulgado na quinta-feira (20).
Segundo o levantamento, o estado possui 1,4 mil indústrias voltadas para o segmento, que empregam 51 mil pessoas de forma direta, além de 204 mil indiretamente. O montante representa uma alta de 19,5% em comparação com 2023. Em termos de exportações, o Ceará registrou US$ 278 milhões. A atividade responde por 7,1% do PIB cearense.
Com relação aos números regionais, a Bahia lidera o ranking do faturamento no Nordeste, totalizando R$ 41 bilhões movimentados no ano passado. Já Pernambuco apresenta R$ 30 bilhões.
Em se tratando de índices nacionais, a indústria de alimentos ou na cadeia de suprimentos ligada ao setor (agricultura, pecuária, embalagens, máquinas e equipamentos, serviços de transporte) gerou 72 mil postos de trabalho formais diretos.
"Apesar do contexto desafiador para os custos de produção, o desempenho da indústria de alimentos foi positivo. A ampliação da produção de alimentos industrializados contribuiu, de forma importante, para a geração de emprego e renda no país”, afirma João Dornellas, presidente-executivo, da Abia.
Em 2024, o faturamento da indústria de alimentos alcançou R$ 1,277 trilhão, um aumento de 9,98% em relação ao ano anterior em termos nominais, representando 10,8% do PIB do país. Desse total, 72%, ou R$ 918 bilhões, são provenientes do mercado interno e 28% do comércio exterior (US$ 66,3 bilhões).
As vendas reais apresentaram expansão de 6,1% e a produção física cresceu 3,2%, alcançando 283 milhões de toneladas de alimentos. Dornellas lembra que a ampliação do emprego e da renda, segundo a PNAD/IBGE, e, consequentemente, da massa de rendimentos reais, acima de 6% na média do ano de 2024, contribuíram para o aumento do consumo de alimentos no mercado interno.
De uma forma geral, os segmentos que mais cresceram foram o food service (+10,4%) e o varejo alimentar (+8,8%). O desempenho relevante tem a ver também com o aumento dos investimentos das indústrias na ampliação e modernização de plantas fabris, P&D, ações de sustentabilidade, aquisição de máquinas e equipamentos.
Os produtos brasileiros chegaram a mais de 190 países e seus territórios, sendo os principais mercados: Ásia, (38,7% das exportações, destaque para a China, com participação de 14,9%), seguida da Liga Árabe (18,9%) e da União Europeia (12,6%). Os itens que lideram a lista são proteínas animais (carnes), com US$ 26,2 bilhões; produtos do açúcar, com US$ 18,9 bilhões; produtos de soja, com US$ 10,7 bilhões; óleos e gorduras, com US$ 2,3 bilhões; sucos e preparações vegetais, com US$ 3,7 bilhões
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