A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou hoje (15) para manter a decisão do ministro Luís Roberto Barroso que suspendeu o piso salarial da enfermagem. O julgamento virtual continua para a tomada dos demais votos. Com o voto do ministro Gilmar Mendes, foi formada a maioria (6 votos a 3) pela suspensão. Faltam os votos de Luiz Fux e da presidente, Rosa Weber. O julgamento virtual começou na sexta-feira (9) e será finalizado amanhã (16).
No
dia 4 de setembro, Barroso atendeu pedido de liminar feito pela
Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços
(CNSaúde) e concedeu prazo de 60 dias para que os envolvidos na questão
possam encontrar soluções para garantir o pagamento.
Após a decisão, caso foi levado à referendo dos demais ministros da
Corte no plenário virtual, modalidade de votação na qual os votos são
inseridos em um sistema eletrônico e não há deliberação presencial.
Além
de Barroso, os ministros Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Alexandre
de Moraes, Dias Toffoli e Gilmar Mendes votaram para manter a suspensão.
Os ministros Nunes Marques, André Mendonça e Edson Fachin foram a favor
da derrubada da liminar.
Sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, a Lei 14.434/2022 instituiu o
piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos de enfermagem,
auxiliares de enfermagem e parteiras. Para enfermeiros, o piso previsto é
de R$ 4.750.
Para
técnicos, o valor corresponde a 70% do piso, enquanto auxiliares e
parteiras terão direito a 50%.
Na semana passada, Barroso afirmou que a decisão foi tomada porque é
preciso uma fonte de recursos para viabilizar o pagamento do piso
salarial. O ministro disse que é favor do piso salarial da enfermagem,
mas aceitou a suspensão diante do risco de descumprimento imediato da
lei.
Segundo o ministro, hospitais particulares estavam realizando demissões
por antecipação. Além disso, obras sociais, santas casas e prefeituras
relataram que não têm recursos para fazer o pagamento do piso.
Blog - Esse ministro que frustrou um salário mais justo a categoria foi indicado por Dilma Rousseff do PT. Para os enfermeiros esquerdistas que são maioria, será que vão dar a resposta nas urnas. O STF segue com seus ditames desmoralizando o Legislativo que aprovou o piso da enfermagem e o Executivo que sancionou.
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