terça-feira, 4 de agosto de 2020

Cearenses desenvolvem estudo sobre moléculas capazes de conter infecção do novo coronavírus


Estudo mostrou que elas são capazes de matar coronavírus atacando sua principal proteína
Foto: Dado Ruvic/ Reuters


Pesquisadores cearenses desenvolvem um estudo que conseguiu produzir moléculas derivadas de proteínas de plantas que evitariam a infecção pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2). A iniciativa é o primeiro passo num futuro medicamento contra a covid-19.
O trabalho foi publicado na revista International Journal of Biological Macromolecules, editada pela Elsevier, umas das maiores editoras científicas do mundo. O estudo conta com o apoio do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade Federal do Ceará (DBBM/UFC), ESP/CE e Núcleo de Biologia Experimental da Universidade de Fortaleza (Nubex-Unifor).
Ao todo, cinco pesquisadores atuam na linha de frente dos trabalhos. Dentre eles está o biólogo Francisco Eilton Lopes, bolsista lotado no Centro de Educação Permanente em Atenção à Saúde da ESP-CE. Ele conta que o êxito das etapas concluídas até o momento já despertaram o interesse tanto no Brasil, como no exterior. “Recebemos propostas de vários pesquisadores do mundo sobre o nosso trabalho. Um país já demonstrou interesse em fazer os testes”, explica. Ele idealizou o projeto junto ao idealizou o estudo junto ao pós-doutor em Ciências Biológicas pela Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos, Pedro Filho Noronha de Souza.

Como funciona?
As moléculas foram desenhadas pelos pesquisadores utilizando sequência de proteínas das plantas acácia-branca, mamona e erva-estrelada. Elas já possuem histórico de pesquisas em relação a outros vírus. As moléculas produzidas combatem a Spike glycoprotein, principal proteína do novo coronavírus.
Ao entrar em contato com a proteína do novo coronavírus, a molécula age como o próprio vírus, replicando o processo de infecção comum em casos de covid-19. A diferença é que neste caso só as proteínas que alimentam o novo coronavírus são afetadas. Uma vez atacado com sucesso, o coronavírus se torna incapaz de iniciar a infecção e acaba morrendo.
Foram produzidas oito moléculas, das quais duas conseguiram infectar o novo coronavírus, impedindo a infecção por covid-19 no organismo humano. A comunidade internacional monitora os trabalhos, pois ele pode servir de ponto de partida para outras pesquisas.

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