O secretário especial da Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho,
afirmou que, pelos dados disponíveis, é
possível inferir que ao menos metade das aposentadorias rurais foi
concedida a pessoas que não são trabalhadores rurais. Segundo o
secretário, reduzir fraudes na concessão de benefícios é um dos
objetivos da reforma da Previdência.
Marinho voltou a dizer que a proposta
apresentada pelo governo Jair Bolsonaro economizará R$ 10 bilhões este
ano com o combate a fraudes e em torno doe R$ 20 bilhões ao ano nos anos
subsequentes.
“Muitos se apropriam da narrativa de
proteger os pobres, quando na verdade estão protegendo um privilégio”,
afirmou Marinho, em palestra durante o seminário “A Nova Economia
Liberal”, na Fundação Getulio Vargas (FGV) .
O secretário voltou a defender pontos
da reforma proposta, como a retirada da Constituição Federal das regras
previdenciárias. Conforme Marinho, isso é importante por causa das
mudanças demográficas, que exigirão novos ajustes no futuro. A ideia é
evitar que, ao tentar fazer novas mudanças, “o País não sofra uma crise
como estamos vivendo” agora.
Marinho também criticou a oposição dos
servidores públicos à proposta de reforma da Previdência. Para o
secretário, isso reflete uma “desorganização das carreiras de Estado”,
que permite que os funcionários públicos cheguem ao topo da carreira com
teto de remuneração, em até sete anos.
Para resolver esse problema, Marinho
disse que o governo proporá uma “reorganização da estrutura
organizacional do Estado”, após a aprovação da reforma da Previdência.
O secretário voltou a defender ainda o
sistema de capitalização como modelo para a Previdência no futuro.
Segundo Marinho, as regras para o novo sistema serão propostas pelo
governo também após a aprovação da reforma da Previdência, num Projeto
de Lei Complementar (PLC) a ser enviado separadamente.
Estadão Conteúdo
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