Tolerância e punição
Com o título “Tolerância e punição”, eis artigo de Pedro Henrique Antero Chaves, cientista político. Ele bate na tecla da necessidade de punição no caso do atentato a Jair Bolsonaro. Para ele ” um ato explícito de violência, contratado por uma organização criminosa, e que fez desaparecer dos noticiários o conceito de intolerância propalado pelas esquerdas.” Ainda aborda Lula. Confira:Os criminosos políticos no Brasil e seus partidários reclamam com veemência do comportamento dos brasileiros que defendem a punição severa contra os que saquearam o País e o destruíram econômica e moralmente. Esses recebem o apelido de intolerantes e retrógrados, por uma esquerda radical e por um grupo de filiados a partidos que já não têm programa nem filosofia.
Em decorrência da cultura nacional de sempre ter pena dos que são rigorosamente punidos, os bandidos brasileiros são sempre agraciados pela piedade popular no sentido de livrá-los do castigo. Lula, assim, é um desses ” pobrezinhos injustiçados” por uma justiça cruel e extremamente severa.
As inúmeras demonstrações públicas, há dois ou três anos, contra Dilma Roussef, nunca levaram a marca da violência, pois foram organizadas pela população ordeira que não suportava mais o nível de degradação moral do governo petista.
O que se procurava, na verdade, era a punição dos destruidores da pátria.
Ao contrário, o atentado ao candidato Jair Bolsonaro foi um ato explícito de violência, contratado por uma organização criminosa, e que fez desaparecer dos noticiários o conceito de intolerância propalado pelas esquerdas. Fala-se, agora, tão somente, de democracia e de respeito aos adversários.
O presidente do STF, Dias Toffoli, recentemente eleito, disse em seu discurso que, “independentemente de ideologia política, estejamos juntos na construção de um Brasil mais tolerante, mais solidário e mais aberto ao diálogo”. Essa declaração, proferida por um ex-advogado do PT, ex-consultor da CUT e ex- funcionário de José Dirceu, quer significar apenas que os bandidos, já condenados, serão libertados pelos companheiros que se encontram no poder.
O Brasil corre o risco de ter uma democracia fracassada, diante da ameaça de uma ditadura do Judiciário. Libertar Lula será um ato ditatorial, perpetrado por um grupo de amigos do ex-presidente, que não respeitam a própria Justiça de que fazem parte. Se um dos poderes acha que tudo pode, os outros se sentirão à vontade para fazê-lo.
Tolerância, portanto, não é libertar os gatunos, mas saber ouvir e respeitar os adversários.
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