Ciro, Bolsonaro, Marina, Alckmin, Haddad, Boulos, Amoêdo. Vença quem vencer as eleições no dia 7 de outubro, todos serão reféns do
Congresso.
Até por essas há quem vote no
primeiro da lista acima na esperança de que surja uma autocracia – um governo
sem Congresso, totalmente nas mãos do autocrata.
Compreensível: na cabeça do
eleitor comum, a taxa de banditismo no Congresso não é menor que a de um
presídio. E o tal eleitor comum está certo em grande parte. A culpa por formar
um Congresso sem credibilidade, porém, é nossa – e a ideia de fechar o
Congresso, não custa lembrar, é tão insana que não merece tempo de discussão.
O irônico é que nós mesmos fugimos
orgulhosos da responsabilidade de formar um Congresso decente. A noção de que
cada eleitor tem “o seu deputado” nem existe por aqui. É sempre um grande eles
(os políticos) contra nós. Nós somos os bons. Eles, os maus. Que confortável.
Bom, a chance de mudar isso não é
na hora de escolher presidente. É na de escolher deputado.
Se você está de boa com a ideia de
que um paizão ou uma mãezona na Presidência vá resolver tudo, então, temos um
problema. E o centro desse problema não está na política. Está em você.
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