'Estou torcendo para a Bélgica', diz Paulo Cezar Caju, campeão do mundo na Copa de 70
Foto: Reprodução/ YouTube
O ex-jogador Paulo Cezar Caju fez parte do elenco da Seleção
Brasileira que conquistou o tricampeonato da Copa do Mundo na edição de
1970 de forma brilhante. Decepcionado com os rumos tomados pelo futebol
brasileiro, principalmente com a forma pragmática de jogar, ele escolheu
torcer pela Bélgica nesta Copa do Mundo de 2018.
"As arenas no Brasil se transformaram em estádios para rico. Quem ganha mil reais não consegue ir aos jogos. E a qualidade do nosso futebol está uma porcaria. Os melhores jogadores do país estão na Europa. A seleção brasileira não me interessa, gosto de futebol bonito, não importa de onde. Independentemente se ganha título ou não, gosto da escola belga e não é de agora. Eles têm um estilo gostoso. Não quero falar sobre seleção brasileira, sobre Neymar. Não estou nem aí para a seleção, queria que acabasse tudo, que explodissem o Brasil. Estou torcendo para a Bélgica. Gosto de futebol leve, solto, limpo. A Bélgica tem jogadores talentosos que amadurecem a cada Copa. Não gosto de força, gosto da caneta, de balãozinho", declarou em entrevista ao jornal O Tempo.
Ao falar da corrupção no futebol, ele também detonou jogadores e técnicos. "São um bando de alienados. Sabem de tudo o que acontece. Aqui no Brasil não precisa contar com ninguém. Só depois que jogaram banana para o Daniel Alves ele foi ver que é filho de preto. O Neymar disse que não é preto. Você vê esses caras assumirem alguma posição? Nem com relação à corrupção na CBF. Um está preso (José Maria Marin, ex-presidente da entidade) e tem dois (Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira, também ex-presidentes) que a Interpol só está esperando que eles pisem fora do país para prendê-los. Fui cortado da Copa de 1978 porque bati de frente com o Almirante Heleno Nunes, ex-presidente da CBD (Confederação Brasileira de Desportos, hoje CBF). Mandei ele passear, cuidar de armas, porque de futebol ele não entendia nada. Zico, Rivellino, Luís Pereira... ninguém se levantou para me defender, mas tudo bem. Não cobrei nada de ninguém. Se eu jogasse hoje, reuniria os jogadores e falaria para não jogarmos na seleção enquanto os casos de corrupção não fossem resolvidos. Tem uma música do Bezerra da Silva que é genial: "Se gritar pega ladrão, não fica um, meu irmão".", disse.
Paulo Cezar Caju falou do orgulho que sente, por ter feito parte da Seleção Brasileira de 70 e do cenário do futebol brasileiro naquela época. "Sou privilegiado por ter estado naquele time, mas eu tinha talento, não estava ali do nada. O Botafogo, meu time na época, também era uma seleção, então eu já estava habituado a estar ao lado de craques. Não tinha essa de ficar "nossa, olha o Pelé, olha o Tostão, olha o Rivellino". Era normal. Eles também podiam ficar "nossa, olha o Caju".", afirmou.
Caju também criticou a falta de memória do brasileiro, que esquece dos grandes ídolos do esporte ao longo do tempo. "A única coisa que sinto é que uma geração brilhante, que ganhou três Copas do Mundo, foi esquecida no próprio país deles. Como a (tenista) Maria Esther Bueno, que só foi homenageada depois que morreu. Somos um país sem memória, ignorante", apontou.
Paulo Cezar Caju jogou no meio de campo e como ponta-esquerda. Ele iniciou a carreira no Botafogo e vestiu as camisas de Flamengo, Fluminense, Vasco, Corinthians e Grêmio, onde pendurou as chuteiras em 1983. No exterior, atuou nos franceses Olympique de Marseille, AS Aix e no americano California Surf.
"As arenas no Brasil se transformaram em estádios para rico. Quem ganha mil reais não consegue ir aos jogos. E a qualidade do nosso futebol está uma porcaria. Os melhores jogadores do país estão na Europa. A seleção brasileira não me interessa, gosto de futebol bonito, não importa de onde. Independentemente se ganha título ou não, gosto da escola belga e não é de agora. Eles têm um estilo gostoso. Não quero falar sobre seleção brasileira, sobre Neymar. Não estou nem aí para a seleção, queria que acabasse tudo, que explodissem o Brasil. Estou torcendo para a Bélgica. Gosto de futebol leve, solto, limpo. A Bélgica tem jogadores talentosos que amadurecem a cada Copa. Não gosto de força, gosto da caneta, de balãozinho", declarou em entrevista ao jornal O Tempo.
Ao falar da corrupção no futebol, ele também detonou jogadores e técnicos. "São um bando de alienados. Sabem de tudo o que acontece. Aqui no Brasil não precisa contar com ninguém. Só depois que jogaram banana para o Daniel Alves ele foi ver que é filho de preto. O Neymar disse que não é preto. Você vê esses caras assumirem alguma posição? Nem com relação à corrupção na CBF. Um está preso (José Maria Marin, ex-presidente da entidade) e tem dois (Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira, também ex-presidentes) que a Interpol só está esperando que eles pisem fora do país para prendê-los. Fui cortado da Copa de 1978 porque bati de frente com o Almirante Heleno Nunes, ex-presidente da CBD (Confederação Brasileira de Desportos, hoje CBF). Mandei ele passear, cuidar de armas, porque de futebol ele não entendia nada. Zico, Rivellino, Luís Pereira... ninguém se levantou para me defender, mas tudo bem. Não cobrei nada de ninguém. Se eu jogasse hoje, reuniria os jogadores e falaria para não jogarmos na seleção enquanto os casos de corrupção não fossem resolvidos. Tem uma música do Bezerra da Silva que é genial: "Se gritar pega ladrão, não fica um, meu irmão".", disse.
Paulo Cezar Caju falou do orgulho que sente, por ter feito parte da Seleção Brasileira de 70 e do cenário do futebol brasileiro naquela época. "Sou privilegiado por ter estado naquele time, mas eu tinha talento, não estava ali do nada. O Botafogo, meu time na época, também era uma seleção, então eu já estava habituado a estar ao lado de craques. Não tinha essa de ficar "nossa, olha o Pelé, olha o Tostão, olha o Rivellino". Era normal. Eles também podiam ficar "nossa, olha o Caju".", afirmou.
Caju também criticou a falta de memória do brasileiro, que esquece dos grandes ídolos do esporte ao longo do tempo. "A única coisa que sinto é que uma geração brilhante, que ganhou três Copas do Mundo, foi esquecida no próprio país deles. Como a (tenista) Maria Esther Bueno, que só foi homenageada depois que morreu. Somos um país sem memória, ignorante", apontou.
Paulo Cezar Caju jogou no meio de campo e como ponta-esquerda. Ele iniciou a carreira no Botafogo e vestiu as camisas de Flamengo, Fluminense, Vasco, Corinthians e Grêmio, onde pendurou as chuteiras em 1983. No exterior, atuou nos franceses Olympique de Marseille, AS Aix e no americano California Surf.
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