segunda-feira, 9 de julho de 2018

Avança projeto de unificação das polícias Civil e Militar

Do site da Câmara dos Deputados:

Relatório dá aos estados prerrogativa de unificar polícias Civil e Militar


Reunião ordinária
Relatório foi apresentado na comissão especial sobre unificação das polícias

O deputado Vinícius Carvalho (PRB-SP) apresentou nesta quarta-feira (4) seu relatório na comissão especial da Câmara dos Deputados que estudou a unificação das polícias Civil e Militar. Sua proposta prevê que os estados tenham a possibilidade de adotar o chamado “ciclo completo”, unindo as duas polícias em uma única corporação.
A proposta de Carvalho está prevista em uma proposta de emenda à Constituição, cujo texto começará a ser discutido pela comissão na próxima semana. Mesmo em caso de aprovação na comissão, o texto depende de 171 assinaturas de deputados para começar a tramitar na Câmara.
Carvalho propõe um novo modelo de polícia nos estados, sem vinculação com as Forças Armadas. A PM se transformaria em “polícia estadual” com ações ostensivas e de apuração de infrações penais, enquanto a polícia civil passaria a se chamar “polícia estadual investigativa”, com a missão de apurar infrações penais de alta complexidade.
“Não tem como uma polícia começar um trabalho e a outra terminar. Aí está o índice de elucidação dos crimes no nosso País: 8% em média”, disse.
Não há hipótese de redução salarial, mesmo em caso de unificação das polícias. Vinícius Carvalho cita outros princípios que deverão orientar o novo modelo policial.
“A valorização dos profissionais de segurança pública tem que existir. A carreira única dos policias: aquele que entra deve ter a possibilidade de chegar ao posto de comando. Uma atuação de órgãos de controle externo para verificar e acompanhar a atividade policial”, acrescentou.
A PEC proíbe a sindicalização e a greve de policiais e prevê unidade na doutrina, além de formações inicial e continuada em uma única academia de polícia. Acaba a Justiça Militar dos estados. E os bombeiros também perderiam a vinculação militar.
No texto, Vinícius Carvalho defende a valorização dos princípios de polícia comunitária e a atuação policial “orientada para a pacificação social e para o uso ordenado e progressivo da força”.

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