terça-feira, 14 de outubro de 2014

Triste cenário da maior seca dos últimos 30 anos

Não é de hoje que o Nordeste brasileiro sofre com o cenário triste da seca.
A paisagem cinza por conta da falta de água pode até não ser novidade, porque seca tem todo ano, mas desta vez, a diferença é que a situação resolveu ser mais duradoura e não deu tempo da vegetação se recuperar.
Os mananciais secando, as plantas e os animais morrendo, as pessoas clamando por água para suas necessidades básicas. Hoje flagrei uma situação inusitada. Na CE 187, fotografei carcaça de uma vaca vítima da seca em pé exposta por homens do DER, que estão em serviço na operação tapa buraco no trecho Nova Russas-Ipueiras . É constante vermos animais às margens das estradas mortos, cobertos por urubus saciando a fome. A imagem triste junta-se a vegetação seca queimada pelo sol tórrido e causticante.


Devido a falta de chuva, que se arrasta desde a seca dos anos anteriores, muitos criadores se desfizeram do rebanho por não ter o que dar para os animais comerem. “A seca é um processo lento. Ela vai matando, vai matando a produção, matando as expectativas, matando os ânimos do pessoal aos poucos. Em meio a essa mazela climática e social, quem fatura é a indústria da seca em Nova Russas gerando emprego e renda. Cotidianamente, dezenas de vendedores e distribuidoras negociam o líquido precioso e supérfluo. Quem pode comprar consegue saciar a sede e utilizar para suas necessidades. Quem não pode, fica esperando pelo poder público. Até quando o nordestino ficará refém deste fenômeno natural por falta de assistência e investimento no setor ? Para os governantes é mais fácil continuar dessa forma, muitos se aproveitam para mantê-los como massa de manobra, presa fácil em época de eleições.    

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