Paulo Roberto Costa repete 18 vezes 'nada a declarar' à CPI da Petrobras
Ex-diretor da estatal foi trazido do Paraná, onde está preso, para depor. Em depoimentos à PF, ele teria delatado políticos que receberam propina.
Durante quase três horas de depoimento à CPI mista da Petrobras, o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa repetiu 18 vezes “nada a declarar” (ou frases equivalentes) e se recusou a responder a todos os questionamentos formulados pelos parlamentares da comissão. Por ordem da Justiça, ele foi trazido por policiais federais de Curitiba, onde está preso, para atender à convocação da CPI.
Costa firmou com o Ministério Público do Paraná e com a Justiça Federal umacordo de delação premiada pelo qual teria apontado deputados, senadores, governadores e um ministro como beneficiários de um esquema de pagamento de propina com dinheiro de contratos da Petrobras.
Ele foi preso em março durante a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Se confirmadas as informações que der a policiais e procuradores com base na delação premiada, o ex-diretor poderá ter a pena reduzida.
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