Estamos vivendo em um processo depredatório. Há anos o sinal de alerta estava aceso a necessidade de se criar políticas para combater a seca que só tem se agravado no Nordeste. O cenário dos sertanejos cearenses é de calamidade. Desalentador. Nossas Bacias hidrográficas têm o pior volume de água dos últimos dez anos. Nosso armazenamento de água total não chega a 30%. Nossos açudes estão secando, como é o caso do Farias de Sousa e de tantos outros reservatórios. Estamos sendo ignorados, os governantes relutam em não debelar a causa do fenômeno típico de nossa região
O problema é sócio-político e não somente climático. Sabemos que muito poderia ter sido feito para garantir a atividade agropecuária e evitar a falta d’água. As ações de hoje eram para terem sido feitas há décadas atrás. Ao invés de caminhões pipa e caçambas, aquisição de máquinas perfuratrizes. E agora? E a instalação e recuperação de poços, o que houve? Os carros-pipas não funcionam. Um exemplo de garantia no abastecimento, é o Castanhão, se não fosse ele, à nossa capital já teria entrado em colapso. É ele que tem dado subsídio e suporte nessa estiagem. No nosso caso, o Farias de Sousa ofegante hoje e a beira da morte, era notório não suportar abastecer um município com 32 mil habitantes, quando fora construído para abastecer uma cidade com 12 mil habitantes. Faltou planejamento dos governantes e investimento para construir um outro reservatório. A iminência se concretizou o que não surpreendeu ninguém.
Uma cena patética e cotidiana é o sertão cearense, o desespero dos cearenses que estão à mercê da boa vontade dos Governos. Faltou prioridade para o setor
A situação de falta de água é crítica e desalentadora. Animais morrendo, vegetação e árvores sendo dizimadas pela falta dágua. Investimentos em arborização nas cidades estão sendo desperdiçados.
A seca no sertão cearense está entre as questões mais graves do Nordeste. Nosso estado faz parte do Polígono das Secas, sendo esta, a pior dos últimos 50 anos. Apesar da iniciativas governamental, não foram suficientes para amenizar a situação caótica.Nem mesmo campanhas de alerta para conscientizar a população sobre o uso adequado da água tem surtido efeito. O Nordeste, o Ceará merecem uma atenção específica para o fenômeno que é nosso, mais a resolução para o problema é do governo
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