Zilmar Mendes Martins, que faria 100 anos em 2014, é homenageada na festa do reencontro no GRN.
Ergo a vista e te vejo, Nova Russas,
no comburir do sol que te incendeia;
com fulgores e luzes tu me aguças,
a ser louca por ti, doce sereia.
no comburir do sol que te incendeia;
com fulgores e luzes tu me aguças,
a ser louca por ti, doce sereia.
Faltam poucos dias para a festa do reencontro em Nova Russas , a festa será de comemoração do centenário do nascimento de uma das figuras mais relevantes da cultura novarussense, Zilmar Mendes, uma divisora de águas para a poesia cearense. A festa será na quinta-feira quando à partir das 23h, Nova Russas homenageará a figura de Zilmar Mendes Martins expondo suas obras em uma apresentação de a história.
No Jornal O POVO de 24 de abril de 1936, arquivado na Biblioteca Pública do Estado do Ceará, foi publicado o Soneto Confronto de autoria da poetisa Zilmar Timbó Mendes, seu nome de solteira. Naquela época nossa querida Dona Zilmar tinha apenas 21 anos de vida.
CONFRONTO
A vida e a embarcação; eis dois extremos
Que navegam num mar de mil escolhos,
A nau aos vagalhões doidos, supremos,
A vida aos turbilhões de ais e de abrolhos.
Que navegam num mar de mil escolhos,
A nau aos vagalhões doidos, supremos,
A vida aos turbilhões de ais e de abrolhos.
Como no mar alguém leve o batel
Ao sul, a leste, aos quatro ventos, ao norte,
Nas vascas bravias do destino cruel,
O homem, a vida, aos páramos da morte
Ao sul, a leste, aos quatro ventos, ao norte,
Nas vascas bravias do destino cruel,
O homem, a vida, aos páramos da morte
Ah! quantas vezes lutam pela vida,
Marujo e barco no revolto oceano,
Como o filho sem pai, com a mãe querida!
Marujo e barco no revolto oceano,
Como o filho sem pai, com a mãe querida!
E se além numa praia entregue ao boto
Alguém viu despezados, mastro e vela,
São despojos de um barco sem piloto.
Alguém viu despezados, mastro e vela,
São despojos de um barco sem piloto.
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