sexta-feira, 14 de junho de 2013

“Bolsa estupro” legitima violência contra a mulher, dizem entidades



Entidades que lutam pelos direitos das mulheres classificaram como um retrocesso o Estatuto do Nascituro, aprovado em uma comissão da Câmara. Já os grupos religiosos elogiam a proposta, que prevê ajuda financeira às mulheres vítimas de estupro que optarem por não fazer o aborto permitido por lei. Integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, Lúcia Rincón disse que, desde a aprovação da medida, os grupos feministas começaram a se articular numa tentativa de pressionar pela rejeição da proposta, conhecida como “bolsa estupro”.
- O direito da mulher para decidir sobre seu próprio corpo é ignorado neste processo. Ela é tratada de forma cruel quando precisa conviver com o agressor, porque a proposta prevê a possibilidade de reconhecimento (do filho por parte do estuprador). 

O criminoso deixaria de ser agressor para ser genitor – disse Lúcia ao GLOBO, afirmando que as entidades poderão recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), caso o projeto de lei seja aprovado, por considerá-lo inconstitucional. O conselho, formado por representantes da sociedade e do governo, é presidido pela ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci. 

Em nota divulgada ontem, o grupo diz que “o Estatuto do Nascituro viola os direitos das mulheres e descumpre preceitos constitucionais de previsão e indicação de fonte orçamentária”. A proposta foi aprovada na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara porque depende de uma adequação financeira. Seguiu para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.
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Miséria acorda!    Excelente texto com Silveira Roccha




Que me perdoem os caridosos, os misericordiosos e outros seres de bondade que estão contribuindo com a campanha "doe com misericórdia" da santa casa de sobral, mas meu coração, antes de sentir misericórdia, sente revolta de saber que a sociedade, além de ser extorquida e saqueada com uma das maiores cargas de impostos do mundo, e não ter como contrapartida serviços dignos e de qualidade, é sempre convocada a prestar solidariedade a diversas áreas sociais, que são desprezadas pelos gestores irresponsáveis e ficam a mercê da caridade.
A santa casa não tem que fazer campanha para angariar dinheiro não. Ela tem é que parar suas atividades por alguns dias e ver o que acontece. Será que os governos irão deixar o povo morrer nas calçadas do hospital? Claro que não. A santa casa ao invés de pedir a quem não tem, deveria pressionar os deputados federais e senadores, a fim de que eles angariem recursos para a saúde, coisa que o padre Zé o fazia tão bem.
O povo não pode continuar sustentando as instituições com caridade, enquanto um bando de pilantras se diverte com o dinheiro do povo em todos os poderes. O que nós precisamos não é de piedade, e sim de coragem para dizer não aos políticos que só sabem pedir, aos governantes incapazes, aos vampiros da Nação.
A Santa Casa merece respeito. Não pode se prestar a essa mendicância. Tem que ter entusiasmo, decisão, como a de fechar as portas e colocar a culpa nos políticos, a fim de que o povo, toda vez que sentir uma dor se lembre dos representantes que têm.
            
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