Portal G1.globo.com/ceará, na edição do dia 9 de janeiro, repercutiu amplamente os dois cearenses que se destacaram na Olimpíada Internacional Junior de Ciências no Irã. Um deles, medalhista de ouro, é novarussense. Rubens Bezerra, filho do Bosco Bezerra, (oficial de justiça) e da senhora Edileuza. Orgulho para Nova Russas e principalmente para sua família. Exemplo de superação, força de vontade, dedicação e capacidade intelectual. São virtudes de um jovem que terá num curto espaço de tempo um futuro brilhante, uma carreira de sucesso. Parabéns ao Rubens e aos seus pais pela grande conquista.
Cearenses medalha de ouro no Irã deixam interior do CE para estudar
Brasileiros concorreram com 180 pessoas em olimpíadas de Ciências.
Felipe e Rubens têm rotina pesada de estudos.
Rubens
e Felipe (à esquerda) posam para foto com a equipe de brasileiros no
Irã. Cearenses são medalha de ouro (Foto: Arquivo Pessoal)
Os cearenses Felipe Brandão e Rubens Bezerra ganharam um ouro inédito
que garantiu o melhor resultado do Brasil na Olimpíada Internacional
Junior de Ciências, no Irã. Os dois, ao lado do paulista Matheus
Camacho, conseguiram o número máximo de pontos na prova experimental da
competição e ficaram na frente de países mais tradicionais, como Taiwan e
Rússia, que dividiram a medalha de bronze, e Indonésia e Irã, a prata.
Os brasileiros tinham 180 concorrentes de 28 países.
Além da medalha de ouro conquistada em dezembro em Teerã, no Irã, os
dois cearenses têm muita história em comum. Felipe e Rubens deixaram
cidades do interior do Ceará para se dedicar mais aos estudos em Fortaleza.
Felipe, de 16 anos, nasceu no município de Itapipoca, a 130 km de
Fortaleza, e desde o 9° ano divide o apartamento com uma amiga na
capital. O estudante teve o melhor resultado dos seis brasileiros - dois
cearenses, dois piauenses e dois paulistas-, que foram ao Irã. Felipe
trouxe duas medalhas de ouro, uma pela prova experimental e outra pela
prova individual, que tira a média das notas das três provas da
competição. As novas premiações vão se unir às outras duas medalhas de
ouro e outra de prata, conquistadas nos últimos três anos na Olimpíada
Brasileira de Física.
Os pais de Felipe, uma professora e um supervisor de vendas, logo
perceberam o talento para estudos do filho e se esforçaram para garantir
um melhor futuro para ele. “O Felipe desde cedo era muito inteligente,
estudioso. A gente achou que ele tinha mais oportunidade indo para
Fortaleza”, conta a mãe Rosana Brandão.
Mesmo com os dois ouros no Irã, o estudante não teve tempo nem de
relaxar dos estudos. Ele não ficou para premiação final porque tinha que
fazer a primeira fase do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), no
dia 11 de dezembro. “Eu soube do nosso ouro na experimental no avião. O
professor que voltou comigo me contou. Fiquei feliz, mas tinha que me
concentrar para a prova. Uma viagem de 20 horas é muito cansativa”, diz
Felipe.
O adolescente está dividido em seguir no curso de medicina na
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) ou de engenharia do ITA.
Neste último, Felipe não passou por pouco no último vestibular. “A nota
de corte foi 68 e eu fiz 66 pontos. Nesse ano, vou mais tranquilo para a
prova”.
A rotina de Felipe é toda dedicada para os estudos e, segundo ele, não
tem muito lazer. O adolescente tem aulas regulares de manhã e à tarde
e, quatro dias da semana, participa das aulas preparatórias para
olimpíadas. Nos fins de semana, Felipe viaja para a casa dos pais em Itapipoca
e aproveita para ler os livros paradidáticos cobrados nos vestibulares.
“No meio de tantas dificuldades no Brasil, é bom dar o exemplo para os
jovens e mostrar que consegue para si mesmo”. Felipe já se prepara para a
quarta fase da Olimpíada Brasileira de Química, no próximo dia 26 de
janeiro.
A rotina do cearense Rubens Bezerra, de 15 anos, é semelhante à do
companheiro de medalha no Irã. Os dois estudam na mesma escola e lembram
como foi a prova experimental de três horas de duração na competição
internacional. “Terminamos em cima da hora e teve até umas briguinhas
durante a prova, mas depois todo mundo se abraçou”, lembra Rubens. O
estudante nasceu em Nova Russas,
a 316 km da capital, e se mudou com a mãe e o irmão para Fortaleza em
2011. O pai é oficial de justiça e reencontra a família nos fins de
semana.
Rubens também guarda uma coleção de medalhas. Ele já foi ouro em 2009 e
2011 na Olimpíada Brasileira de Informática e prata na Olimpíada
Argentina de Ciências Júnior, em setembro de 2012. “Estudo para
olimpíada porque é uma oportunidade. Sempre vale a pena”, conta. No Irã,
ele conquistou as duas primeiras medalhas internacionais. Além do ouro
em trio, ele ganhou a prata no individual.
Além das medalhas, Rubens não esquece de outras conquistas durante as
viagens para as competições. “Além de ser algo muito importante para
colocar no currículo, é uma experiência fantástica. Uma das coisas mais
legais é conhecer gente do mundo todo”.
Entre os livros e aulas, Rubens conta que gosta de jogar no computador
com o irmão de 13 anos. Nesses férias, Rubens voltou para a cidade
natal, confessa que relaxou mais dos estudos, mas já voltou para
Fortaleza para retomar as leituras para as próximas olimpíadas. O futuro
dos dois cearenses ouro no Irã podem se cruzar mais uma vez lá na
frente. Rubens também pensa em estudar engenharia de computação no ITA.
Brasileiros tiveram melhor desempenho em competição internacional
Nenhum comentário:
Postar um comentário