sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Novarussense conquista medalha de ouro na Olimpíada Internacional Junior de Ciências no Irã


Portal G1.globo.com/ceará, na edição do dia 9 de janeiro, repercutiu amplamente os dois cearenses que se destacaram na Olimpíada Internacional Junior de Ciências no Irã. Um deles, medalhista de ouro, é novarussense. Rubens Bezerra, filho do Bosco Bezerra, (oficial de justiça) e da senhora Edileuza. Orgulho para Nova Russas e principalmente para sua família. Exemplo de superação, força de vontade, dedicação e capacidade intelectual. São virtudes de um jovem que terá num curto espaço de tempo um futuro brilhante, uma carreira de sucesso. Parabéns ao Rubens e aos seus pais pela grande conquista. 

Cearenses medalha de ouro no Irã deixam interior do CE para estudar

Brasileiros concorreram com 180 pessoas em olimpíadas de Ciências.
Felipe e Rubens têm rotina pesada de estudos.



Equipe de brasileiros no Irã. Cearenses são medalha de ouro (Foto: Arquivo Pessoal) 
Rubens e Felipe (à esquerda) posam para foto com a equipe de brasileiros no Irã. Cearenses são medalha de ouro (Foto: Arquivo Pessoal)

Os cearenses Felipe Brandão e Rubens Bezerra ganharam um ouro inédito que garantiu o melhor resultado do Brasil na Olimpíada Internacional Junior de Ciências, no Irã. Os dois, ao lado do paulista Matheus Camacho, conseguiram o número máximo de pontos na prova experimental da competição e ficaram na frente de países mais tradicionais, como Taiwan e Rússia, que dividiram a medalha de bronze, e Indonésia e Irã, a prata. Os brasileiros tinham 180 concorrentes de 28 países.

Além da medalha de ouro conquistada em dezembro em Teerã, no Irã, os dois cearenses têm muita história em comum. Felipe e Rubens deixaram cidades do interior do Ceará para se dedicar mais aos estudos em Fortaleza. Felipe, de 16 anos, nasceu no município de Itapipoca, a 130 km de Fortaleza, e desde o 9° ano divide o apartamento com uma amiga na capital. O estudante teve o melhor resultado dos seis brasileiros - dois cearenses, dois piauenses e dois paulistas-, que foram ao Irã. Felipe trouxe duas medalhas de ouro, uma pela prova experimental e outra pela prova individual, que tira a média das notas das três provas da competição. As novas premiações vão se unir às outras duas medalhas de ouro e outra de prata, conquistadas nos últimos três anos na Olimpíada Brasileira de Física.
Os pais de Felipe, uma professora e um supervisor de vendas, logo perceberam o talento para estudos do filho e se esforçaram para garantir um melhor futuro para ele. “O Felipe desde cedo era muito inteligente, estudioso. A gente achou que ele tinha mais oportunidade indo para Fortaleza”, conta a mãe Rosana Brandão.
Mesmo com os dois ouros no Irã, o estudante não teve tempo nem de relaxar dos estudos. Ele não ficou para premiação final porque tinha que fazer a primeira fase do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), no dia 11 de dezembro. “Eu soube do nosso ouro na experimental no avião. O professor que voltou comigo me contou. Fiquei feliz, mas tinha que me concentrar para a prova. Uma viagem de 20 horas é muito cansativa”, diz Felipe.
No meio de tantas dificuldades no Brasil, é bom dar o exemplo para os jovens e mostrar que consegue para si mesmo"
Felipe Brandão, medalhista de ouro
O adolescente está dividido em seguir no curso de medicina na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) ou de engenharia do ITA. Neste último, Felipe não passou por pouco no último vestibular. “A nota de corte foi 68 e eu fiz 66 pontos. Nesse ano, vou mais tranquilo para a prova”.
A rotina de Felipe é toda dedicada para os estudos e, segundo ele, não tem muito lazer.  O adolescente tem aulas regulares de manhã e à tarde e, quatro dias da semana, participa das aulas preparatórias para olimpíadas. Nos fins de semana, Felipe viaja para a casa dos pais em Itapipoca e aproveita para ler os livros paradidáticos cobrados nos vestibulares. “No meio de tantas dificuldades no Brasil, é bom dar o exemplo para os jovens e mostrar que consegue para si mesmo”. Felipe já se prepara para a quarta fase da Olimpíada Brasileira de Química, no próximo dia 26 de janeiro.
A rotina do cearense Rubens Bezerra, de 15 anos, é semelhante à do companheiro de medalha no Irã. Os dois estudam na mesma escola e lembram como foi a prova experimental de três horas de duração na competição internacional. “Terminamos em cima da hora e teve até umas briguinhas durante a prova, mas depois todo mundo se abraçou”, lembra Rubens. O estudante nasceu em Nova Russas, a 316 km da capital, e se mudou com a mãe e o irmão para Fortaleza em 2011. O pai é oficial de justiça  e reencontra a família nos fins de semana.
Além de ser algo muito importante para colocar no currículo, é uma experiência fantástica. Uma das coisas mais legais é conhecer gente do mundo todo"
Rubens Bezerra
Rubens também guarda uma coleção de medalhas. Ele já foi ouro em 2009 e 2011 na Olimpíada Brasileira de Informática e prata na Olimpíada Argentina de Ciências Júnior, em setembro de 2012. “Estudo para olimpíada porque é uma oportunidade. Sempre vale a pena”, conta. No Irã, ele conquistou as duas primeiras medalhas internacionais. Além do ouro em trio, ele ganhou a prata no individual.
Além das medalhas, Rubens não esquece de outras conquistas durante as viagens para as competições. “Além de ser algo muito importante para colocar no currículo, é uma experiência fantástica. Uma das coisas mais legais é conhecer gente do mundo todo”.
Entre os livros e aulas, Rubens conta que gosta de jogar no computador com o irmão de 13 anos.  Nesses férias, Rubens voltou para a cidade natal, confessa que relaxou mais dos estudos, mas já voltou para Fortaleza para retomar as leituras para as próximas olimpíadas. O futuro dos dois cearenses ouro no Irã podem se cruzar mais uma vez lá na frente. Rubens também pensa em estudar engenharia de computação no ITA.
Brasileiros tiveram melhor desempenho em competição internacional (Foto: Arquivo pessoal) 
Brasileiros tiveram melhor desempenho em competição internacional

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